Tudo o que você precisa saber sobre EOS, a nova moeda da FlowBTC

O que é EOS?

O EOS é uma plataforma (sistema operacional) para aplicações descentralizadas. Uma espécie de super computador que roda programas de forma autônoma e descentralizada. A ideia é que qualquer pessoa possa criar um programa/aplicativo ou contratos inteligentes e disponibilizar para a rede de forma que haja aplicações sem intermediários.

EOS é o maior ICO da história dos cryptocurrencies. Ele captou 4,2 bilhões de dólares em uma oferta de moedas que durou mais de 1 ano. No dia 1 de Junho de 2018, eles lançaram a sua plataforma open source.

Um dos maiores desafios para a adoção em massa de redes blockchain é a escalabilidade. Justamente é nesse desafio de prover uma maior escalabilidade a protocolos descentralizados que a EOS se posiciona. O protocolo da EOS promete uma altíssima velocidade, escalabilidade e custos de transação zero através da forma de consenso Delegated Proof of Stake (DPoS), que elege 21 blocos mineradores espalhados pelo mundo (temos um representante brasileiro: https://web.eosrio.io/, parceiro oficial da FlowBTC)  a fim de prover uma validação das transações.

Como tudo começou: Visão de Dan Larimer e seus projetos

O EOS open source software foi desenvolvido pela empresa privada Block.One, que se reporta com a missão de: prover soluções end-to-end com o objetivo de trazer empresas para blockchain desde o planejamento estratégico até a aplicação do produto. Block.One é uma empresa sediada no Cayman, que tem como CEO Brendan Lumer (que dirigiu uma série de empresas de blockchain desde 2014) e CTO Dan Larimer. (um developer bastante conhecido na rede, que teve inclusive interações via fórum com Satoshi Nakamoto).

A EOS foi anunciada pela primeira vez por Dan Larimer em Maio de 2017 na Consensus. É o terceiro projeto liderado por Dan, que antes havia criado a BitShares e Steem. As duas empresas estão entre os protocolos de blockchain mais utilizados no mundo. Os três projetos foram desenvolvidos sob a arquitetura Graphene, criada por Larimer e seu time nas outras empreitadas a fim de permitir uma alta taxa de transações em aplicações de blockchain. Outra intersecção dos projetos está no fato dos três terem como consenso o Delegated Proof of Stake (DPoS). Muito do que Dan utilizou para criação da Bitshares e Steem foi a base para modulação da EOS. Em todos os três protocolos, o enfoque foi em trazer soluções escaláveis, o que de fato aconteceu:

A filosofia da EOS é em grande parte a partir da visão prática de software que se estende a partir dos user cases Bitshares e Steem para suportar aplicações reais.

Hoje, no site Blockchain Activity Matrix, vemos que os três projetos criados por Dan estão entre os 6 protocolos com mais atividade na rede.

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Setor de Smart Contracts

Estamos no início da era dos contratos inteligentes, que são códigos auto-executáveis que atuam na infraestrutura da blockchain para assegurar que os termos do contrato sejam cumpridos mesmo sem um intermediário. Isso permite uma série de novos modelos de negócios e aplicações descentralizadas. Nesse mercado em que a EOS está concorrendo.

Hoje, o mercado é dominado pela Ethereum, que está avaliada em 12,28 bilhões de dólares. Além dela, existe uma competição intensa para plataforma dominante do mercado, com alguns dos players listados abaixo:

 

Plataformas de Smart Contracts MarketCap
NEO $0.376B
EOS $1.65B
Ethereum Classic $0.4B
Waves $0.157B
Stratis $0.62B
QTUM $0.146B
Tezos $0.36B
Lisk $0.133B

Nos preços atuais, a combinação de valor de rede entre todos os outros players de smart contracts representam em torno de 30% do valor da rede Ethereum. O mercado de certa forma precifica como se o setor de smart contracts fosse ser dominados por apenas uma plataforma, o que representa uma visão controversa segundo alguns especialistas.


Há a visão de que ao longo dos próximos anos o mercado tende a ter diferentes plataformas dominando o mercado. Uma vez que o mercado de smart contracts detém um espectro muito amplo de possibilidades, serão demandados diferentes tipos de características de rede. Por exemplo, a velocidade requerida para rodar um jogo ou uma votação em blockchain é totalmente diferente. A segurança exigida por uma plataforma de apostas ou de contratos jurídicos são bem diferentes também. Logo, é provável que cada rede vai buscar aplicações mais adequadas para as especificidades do seu modelo de negócios.

O próprio Ethereum se apresenta como o “computador global descentralizado”. Ao se apresentar dessa forma, o projeto acaba por não compreender que cada aplicação descentralizada requerem diferentes níveis de transação, segurança, leveis de descentralização, programação de linguagem, estrutura de consensos.

“Diferentes aplicações exigem diferentes requerimentos, e desenvolvedores vão escolher as que mais se adequam a seus objetivos.”

i) EOS x Ethereum

Vale a pena explorar um pouco mais as diferenças entre EOS e Ethereum.

EOS não será um substituto do ETH pelo fato de que Ethereum foi desenvolvido a fim de descentralizar contratos imutáveis. Isso faz com que ETH seja ótimo para que empresas realizem ICOs e eventualmente pode ser uma alternativa ao sistema financeiro, mas também faz do protocolo não adequado para que possa executar aplicações de empresas.

Em outras palavras, é possível criar um ETF na rede Ethereum mas é muito difícil criar um site com escalabilidade competitiva para se tornar uma alternativa ao Facebook, Twitter ou Reddit. Essa é a justamente a ideia da EOS. Permitir que, a longo prazo, aplicações tão data-intensive como por exemplo as redes sociais possam rodar em protocolos descentralizados.

A diferença entre os dois projetos também é denotada no modelo econômico. O token ETH (cada transação é paga) não é designada para aplicações como Facebook/Twitter/Reddit. Já o Token da EOS (Será descrito mais a frente) é mais adequado para aplicações descentralizadas.

Ao mesmo tempo que a EOS inclina-se a ser mais adequada para projetos que demandam escalabilidade, ela por sua vez não é a ideal para protocolos que exigem imutabilidade, uma vez que não é impossível que o sistema reverta alguma transação.

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Gráfico EOS

A EOS teve o seu máximo de valorização de mercado no dia 29 de abril quando uma unidade chegou a valer $21,46 dólares e 17,622 Bilhões de dólares de Market Cap. Hoje a moeda está precificada em $2,56, em 6º lugar como maior criptomoeda do mercado e tem o Market Cap de 2,321 bilhões de dólares.

 

gráfico eos

 

Indústria Financeira e Blockchain: cada vez mais juntos

Muito se fala de que uma das principais aplicações da tecnologia do Blockchain está relacionada ao setor financeiro. O fato é que o interesse por parte desta indústria é latente e cresce a cada período.
Segundo pesquisa da Accenture, ¾ dos bancos entrevistados já trabalham em uma prova de conceito e 90% já estudam a tecnologia.

bancos pesquisa blockchain financeira
Figura 1: Porcentagem de entrevistados explorando o uso de blockchain/DLT em pagamentos ; Figura 2: Estágio atual de adoção do blockchain pelos bancos

Desses, a grande maioria se concentra em transferências intra-bank sobre fronteiras. Remessas internacionais, pagamentos corporativos e transferências internacionais entre bancos estão recebendo menos atenção.

blockchain casos de uso indústria financeira
Principais casos de uso sendo explorados

Já a outra gigante da consultoria, a Deloitte, acredita em 5 casos de usos principais para a indústria:

Em um relatório da empresa em agosto de 2016, em conjunto com o Fórum Econômico Internacional, a empresa estudou 9 casos de usos da tecnologia relacionados a infraestrutura do mercado financeiro global.

  • Payments: Global Payments
  • Insurance: P&C Claims Processing.
  • Deposits and Lending: Syndicated Loans
  • Deposits and Lending: Trade Finance
  • Capital Raising: Contingent Convertible (“CoCo”) Bonds
  • Investment Management: Automated Compliance
  • Investment Management: Proxy Voting
  • Market Provisioning: Asset Rehypothecation
  • Market Provisioning: Equity Post‐Trade.

Inclusive, já começam a aparecer os primeiros casos de uso de Dívidas (Bonds) sendo emitidas em blockchain:

Dívidas convertidas em participações; Modelo Atual (WEF Report. 2016):

Modelo proposto com blockchain:

Principais Projetos no mundo:

  • World Bank Group / Commonwealth Bank of Australia – Austrália

O World Bank Group (instituição financeira global de investimento em reconstrução e desenvolvimento sustentável), juntamente com o Commonwealth Bank of Australia (CBA), emitiu a primeira bond criada, alocada, transferida e gerenciada totalmente utilizando DLT. O CBA é o único arranger da operação, e o World Bank emite entre US$50-60 bilhões anualmente em bonds para o desenvolvimento sustentável e tem um bom track record de inovação nesta linha.

A plataforma é privada e hospedada na blockchain da Ethereum e foi desenvolvida pelo CBA Blockchain Centre of Excellence. A infra-estrutura do World Bank para a dívida será administrada de Washington, D.C. utilizando a plataforma cloud Microsoft Azure. A Microsoft também foi responsável pela verificação e validação do segurança, escalabilidade e capacidade da rede.

O Nome da bond é “Bond-i” (“Blockchain Offered New Debt Instrument”), uma alusão à famosa praia Australiana. A firma King & Wood Mallesons ficou responsável pela estrutura jurídica da emissão e estruturação da plataforma.

Um bond de 2 anos, com pagamento de 2.2% de juros ao ano pago semestralmente. O World Bank conseguiu arrecadar A$110 Million (81 milhões de dólares) com este título de dívida. Entre os investidores, estão CommBank, QBE Insurance, First State Super, NSW Treasury Corporation, SAFA, a Treasury Corporation of Victoria e o Northern Trust.

  • Al Hilal Bank – Emirados Arábes

O banco Al Hilal, um dos principais bancos dos emirados árabes, se tornou o primeiro banco a comprar e liquidar uma Sukuk (título de dívida aceito pela religião islâmica) no blockchain.

A iniciativa foi uma colaboração entre o Abu Dhabi Global Market (ADGM), Al Hilal bank e a Jibrel Network (fintech Suíça com escritório em dubai). A operação foi realizada no mercado secundário, para transferência de uma pequena porção do título da dívida de 5 anos de 500 milhões. Foi relatado que o valor da transação foi de 1 milhão de dólares, vendido a um investidor privado

  • Oesterreichische Kontrollbank AG – Áustria

O banco OeKB utilizou a tecnologia blockchain para notarizar os dados de um leilão federal na Áustria que arrecadou 1.15 bilhões de Euros.O OKB realiza os leilões em nome da Agência de Finanças do Governo Federal (OeBFA) responsável pela gestão da dívida da república

O serviço de notarização fornece todo o caminho para verificar a autenticidade dos dados. Foi realizado pelo departamento de TI do banco, suportado pelo blockchain Ethereum.

A notarização envolve criptografia para os documentos gerarem uma única identidade, o hash, sem comprometer informações sensíveis. Isto possibilita que o documento original seja armazenado com segurança nos servidores do OeKB e a autenticidade do documento pode ser garantida.

  • Sberbank – Russia

O gigante bancário Sberbank em parceria com a gigante de telecomunicações MTS, emitiram títulos de dívidas no valor de 750 milhões de rublos (12 milhões de dólares) em um blockchain proprietária fornecida pelo National Settlement Depository (NSA) russo e hospedada no Hyperledger Fabric.

A plataforma permitiu que todo o ciclo de vida do título fosse realizado via blockchain, desde a oferta privada até o acompanhamento da performance do emissor em relação às suas obrigações com os investidores e liquidação em rublos.

  • Santander – Espanha

No dia 11 de Julho, o banco anunciou a criação da unidade Digital Investment Banking, focada na implementação da tecnologia Blockchain na transação, custódia e gestão de securities. O diretor da área, John Welman, já foi presidente da International Ripple Business Association e do Santander Labs desde 2016.

O banco, extremamente envolvido com a tecnologia, é acionista da ripple labs e implementou a solução xCurrent da Ripple para seu aplicativo de remessa internacional OnePay FX.

  • BBVA – Espanha

O banco espanhol BBVA é o pioneiro em empréstimos e linhas de crédito para empresas que utilizam blockchain. Foi o primeiro a realizar um empréstimo corporativo suportado pela tecnologia blockchain, desde a negociação até o fechamento do negócio. Estruturado em parceria com a expert de tecnologia, Indra, o empréstimo total foi de 75 milhões de Euros.

O banco firmou uma parceria com a empresa de energia Repsol para esforços conjuntos no desenvolvimento da tecnologia para soluções financeiras. O Banco utilizou a tecnologia para refinanciar uma linha de crédito com a empresa no valor de 325 milhões de Euros. O projeto utiliza o blockchain privado Hyperledger com os contratos assinados registrados na testnet da Ethereum.

Em julho, BBVA assinou um novo empréstimo com a ACS utilizando a mesma plataforma. Desta vez, no valor de 100 milhões de Euros.

  • HSBC – Inglaterra

O banco foi o primeiro a realizar uma transação global suportada pelo blockchain, em maio deste ano. O banco forneceu uma carta de crédito para a gigante agro Cargill. A transação envolveu o envio de grão de soja da Argentina para a Malásia.

Em março de 2017, já havia realizado uma prova de conceito com o Banco Central de Hong Kong nesta área.

  • Itaú – Brasil

Temos um brazuca na lista! O itaú captou 100 milhões de dólares em uma operação de crédito sindicalizado (club loan), junto ao Wells Fargo e ao Standard Chartered, utilizando Blockchain.

 

Ainda há muito a se caminhar nesta estrada, porém, os primeiros projetos já começam a aparecer e com quantias relevantes. Isto mostra a saída da fase de prova de conceito para a prova empírica. A indústria mostra um princípio de solidez, amadurecimento e emancipação do bitcoin e das criptomoedas.

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O Blockchain como alternativa sustentável

Foi divulgado recentemente pelo Estadão, que o Brasil perde R$ 3 bilhões ao ano por não reciclar resíduos. Segundo a notícia, esse valor se refere ao que poderia ter sido obtido com a reciclagem das várias toneladas de lixo que foram parar nos aterros sanitários (popularmente conhecidos como lixão).

Segundo cálculos da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), nos últimos cinco anos foram enviados 45 milhões de toneladas de materiais recicláveis para os lixões, e esse material poderia movimentar mais de R$ 3 bilhões por ano. Isto deixa claro que o país desperdiça uma grande oportunidade econômica que vêm do lixo.

Além disso, no Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil, que foi divulgado pela entidade em agosto, aponta que 40,9% de todo o lixo gerado no Brasil não tem destinação correta.

O diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, acredita que a regressão do país em relação a questão de resíduos sólidos tem a ver com alguns fatores:

“De um lado, as esferas públicas não colocam as políticas sobre resíduos sólidos em suas agendas prioritárias – pelo contrário, elas passam ao largo disso. De outro, também existe uma falta de pressão por parte dos cidadãos. Enquanto o setor privado meio que espera o que vai ocorrer”

Dados de uma pesquisa do Ibope deste ano, revelaram que 98% dos entrevistados acreditam que a reciclagem é algo importante. Porém, 75% responderam que não separam seus resíduos no dia a dia. E segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 70% dentre os municípios possuem iniciativas de coleta seletiva.  

blockchain energia
Fonte: PANORAMA DOS RESIDUOS SÓLIDOS NO BRASIL 2017, (Abrelpe)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos previa que, a partir de 2014, não haveria mais lixões no Brasil, porém até hoje essa meta ainda não foi alcançada.

O custo para remediar a poluição gerada em dez anos pelos resíduos não destinados corretamente já soma R$ 730 bilhões.

António Limongi França, renomado autor, palestrante, empresário com grande experiência no setor tecnológico e influenciador da tecnologia blockchain, tem um projeto de blockchain relacionado com impacto sociais, a Ecochain, estruturado pela controladora da corretora FlowBTC, a Finchain. Um projeto que visa implementar um sistema doméstico de gestão de resíduos sólidos envolvendo famílias de baixa renda, usando a tecnologia blockchain.

Sobre o projeto, em entrevista para a Intelligent Hq António disse:

“A ECOCHAIN ​​é o resultado do trabalho integrado de três grupos empresariais: o FINCHAIN, que opera nos mercados de criptografia e cadeias de blocos, Ti2Ci, focado em soluções para cidades inteligentes e LF1, especializado em inovação tecnológica e estratégias de crescimento empresarial. O primeiro produto da ECOCHAIN ​​é um sistema doméstico de gestão de resíduos sólidos envolvendo famílias de baixa renda. Esse sistema usa criptografia social e cadeia de bloqueio como suporte para garantir a integridade da informação.”

Segundo ele o projeto funciona da seguinte forma, o voluntário envia os materiais recicláveis ​​para o posto da exchange. A exchange gera o pagamento em tokens, e os envia para uma carteira. Depois de receber seus tokens, o voluntário procura lojas/empresas onde ele troca os tokens por produtos.

Esse não é o único projeto que conecta blockchain e reciclagem. Existem outros casos em diversos lugares do mundo relacionados à isto.

Casos de reciclagem e blockchain

Recereum

Protocolo que visa estabelecer uma conexão entre organizações que trabalham com reciclagem de lixo e pessoas ou empresas.

O ecossistema será engajado por meio do RCR, o token ERC-20 da empresa. O projeto almeja desenvolver a longo prazo devices nos quais consumidores possam depositar recicláveis especiais, como baterias e eletrônicos.

Plastic Bank

Organização canadense fundada em 2013, criou a Social Plastic, moeda focada em fornecer benefícios a catadores de lixo. Sua missão é reduzir a quantidade de plásticos que poluem os oceanos.

A visão do grupo é utilizar criptomoedas como forma de recompensar pessoas que estão reciclando plástico. Os recicladores poderão trocar a Social Plastic com a rede de parceiros da Plastic Bank. A utilização de criptomoedas também está relacionado ao fato de buscar incluir no sistema financeiro os catadores de lixo, que usualmente não tem acesso aos bancos.

Eles desenvolveram seu sistema via blockchain privada LinuxONE da IBM.

BCDC – RecycleToCoin

Organização que visa desenvolver projetos sustentáveis com a tecnologia blockchain. Estão lançando o BCDC Token, que terá sua funcionalidade nos projetos da empresa.

Uma das vertentes do grupo é o RecycleToCoin. Ela pretende fornecer o Token BCDC como recompensa para consumidores que reciclarem o lixo. O produto inicial será focado em garrafas plásticas e latas de alumínio. Eles estão presentes no Reino Unido, havendo alguns pontos de logística reversa no qual os consumidores poderão depositar o lixo e receberão os tokens.

Cycled

Eles se definem como: Uma empresa que adapta o mecanismo de incentivos do blockchain para que pessoas sejam encorajadas a manter seus recicláveis limpos, para assim tornar a reciclagem mais efetiva.

Os consumidores utilizam o aplicativo da empresa para se conectar instantaneamente com coletores de lixo em troca de tokens. Após recolher os produtos na casa dos consumidores, os coletores de lixo realizarão o trabalho de reciclagem e venderão os materiais em troca dos CycledTokens. O enfoque é uma economia circular que diminua a poluição e empodere a população local.

Casos de Energia Renováveis e Blockchain

Power Ledger

Protocolo que permitirá pessoas ou organizações a realizarem compras e vendas de energia solar através da plataforma descentralizada, com a utilização do POWR token. Assim, proporcionará um comércio P2P de energia solar.

O projeto captou aproximadamente 13 milhões de dólares. Hoje, detém valor de mercado de aproximadamente 70 milhões de dólares.

SunContract

Plataforma que conecta produtores de energias e consumidores por meio de um protocolo baseado em contratos inteligentes. A visão da SunContract é desenvolver uma rede global de energia baseada em energias renováveis através da digitalização da eletricidade.

Casos diversos de Sustentabilidade e Blockchain

Ifoods Chain

Baseado em Blockchain, IOT e AI; Ifoods é uma empresa chinesa que desenvolveu uma plataforma visando a supervisão de toda cadeia de produção de alimentos, a fim de garantir segurança alimentar para os consumidores.

Eles utilizam tanto sistemas distribuídos para garantir as informações necessários dos alimentos, quanto devices proprietários que mensuram qualidades dos alimentos.

ClimateCoin

Empresa desenvolveu um token baseado no Ethereum para que qualquer pessoa possa participar da luta contra a mudança climática através dos créditos de carbono. Cada token lançado pela companhia é lastreado em um crédito de carbono. Além disso, a empresa considera como um investimento, pois os créditos de carbono tem a tendência de aumentar de valor ao longo dos próximos anos.

Ecocoin

Protocolo que pretende distribuir tokens a medida em que pessoas realizem ações sustentáveis. Pretendem criar um sistema de incentivos para ações como: plantar árvores, utilizar energias renováveis, usar bicicleta ao invés de carros, etc.

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Ethereum 2.0 – A busca pela escalabilidade

O Ethereum 2.0 está em desenvolvimento e poderá aumentar de forma exponencial a capacidade da rede Ethereum de processar transações.

Essa foi a mensagem de Vitalik Buterin, co-fundador do Ethereum, compartilhada em Praga durante o DevCon 4, congresso de entusiastas da tecnologia Ethereum. Através do projeto Serenity, o upgrade também conhecido como Ethereum 2.0 promete aumentar a velocidade da rede, torná-la mais segura, com menos gastos energéticos e capaz de lidar com milhares de transações por segundo.

Serenity é basicamente a criação de um novo blockchain a partir dos estudos realizados nos últimos 4 anos que visavam tornar a rede Ethereum mais escalável.

 

Vitalik Buterin durante o Devcon 4

 

Contexto

Ethereum é uma plataforma de Blockchain descentralizada, de código aberto, que permite qualquer projeto a criar e usar aplicações descentralizadas como contratos inteligentes. A plataforma utiliza a mesma forma de consenso para validar transações que o Bitcoin, o Proof-of-Work.

A ideia por trás é a seguinte: como por design não se deseja confiar na identidade dos participantes para selecionar quem valida as transações, cria-se um desafio matemático cuja solução depende de um processo complexo de tentativa-e-erro mas que é facilmente verificado após a solução (os outros participantes podem conferir a resposta facilmente). Isso cria uma competição entre estes participantes e quem resolver o problema primeiro criará o próximo bloco e será remunerado pela prova-de-trabalho. Estes validadores são chamados de mineradores, que fornecem capacidade computacional e recursos energéticos para resolver este desafio. Em troca, são recompensados com novas criptomoedas nativas daquele Blockchain. Este processo é chamado de mineração.  

Para mais informações sobre o Ethereum, acesse o e-book gratuito da FlowBTC sobre Ethereum

O grande desafio desse tipo de consenso é a escalabilidade. O número de transações é baixo (O Ethereum performa aproximadamente 20 por segundo), além de exigir um alto um gasto energético da rede.

Abaixo, um infográfico que compara a capacidade de transação da Ethereum em relação a outros players.

 

Fonte: https://howmuch.net/articles/crypto-transaction-speeds-compared

 

 

Serenity

Durante a Devcon, Vitalik afirmou:

“Serenity é a realização de todas as diferentes linhas de pesquisa que desenvolvemos ao longo dos útlimos 4 anos. Incluindo Casper – não somente a híbrida Casper, 100% orgânica, genuína, pura Casper.” (Casper é a realização do Proof-of-Stake)

Serenity é o computador global como ele deveria ser, não com a capacidade de transações por segundo de um smartphone de 1999.”

Serenity é a criação de um novo blockchain que será compatível com o Ethereum Blockchain existente hoje. Uma vez que esse blockchain seja testado e desenvolvido, todos os dados e dapps serão movidos da rede legada para a nova versão.

Para atingir as expectativas de se tornar um computador global descentralizado, a Ethereum lançou um roadmap abaixo para alcançar a versão Ethereum 2.0:

Slide apresentado por Vitalik durante o Devcon 4

 

Fase 0: Beacon Chain

  • Está entre uma testnet e uma mainnet do Proof-of-Stake. Não é uma testnet porque os usuários poderão minerar ethers e receber recompensas reais por isso. Ao mesmo tempo que não é uma mainnet, porque não tem aplicações sendo testadas no sistema.

Fase 1: Shards como Data Chains

  • Fase de ativação do Sharding. Segundo Vitalik, nesse momento haverá escalabilidade suficiente para criação de um produto como um twitter descentralizado, mas ainda sem todas as ferramentas de smart-contracts previstas pela Ethereum.

Fase 2

  • Nesse momento, será possível capacitar uma maior escalabilidade em transações, maior velocidade nas máquinas virtuais ethereum (responsáveis pelo ambiente de execução dos contratos inteligentes no Blockchain do Ethereum), smart contracts, ether podendo ser transacionadas entre shards.

A Fase 3 será o lançamento da Serenity e a tão esperada implementação do Proof of Stake.

 

Plateia no Devcon 4, Outubro de 2018

 

A mensagem final é que, cumprindo o planejamento, a rede Ethereum finalmente terá o tão esperado Proof-of-Stake, ao mesmo tempo que uma escalabilidade prevista de mais de 1000x da atual.

A sensação das novidades é de que agora há um roadmap claro para Ethereum.  

Apesar disso, a comunidade de blockchain ainda se encontra reticente sobre os planos apresentados pela Ethereum. Promessas como essa já foram feitas por Vitalik anteriormente. Existe uma pressão constante para que ele e a Ethereum Foundation possam de fato cumprir as promessas.

 

 

Apresentação completa de Vitalik no Devcon 4

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A criptomoeda top 3 de valor de mercado, conhecida na comunidade cripto como “ripple: queridinha dos grandes bancos” e que acaba de ser listada para compra e venda na corretora mais avançada do país: a FlowBTC.

O que é Ripple?

Ripple é um protocolo de pagamentos da empresa Ripple Labs, fundada em 2012, com o objetivo de tornar o sistema de pagamentos global mais eficiente. Através do blockchain e da sua criptomoeda XRP,  o seu propósito é que as transações financeiras globais sejam mais seguras, instantâneas e baratas. Sendo possível transacionar tokens que representam moedas fiat, criptomoedas, commodities e unidades de valores diversos como programas de milhagens.

Definição prática: O Ripple é um sistema de pagamento em que sua liquidação é feita em tempo real (RTGS), que também pode ser utilizado como câmbio e remessas monetárias. Sua rede é composta por nós distribuídos e não precisa da sinalização de todos na rede para atingir consenso.

O Ripple ganhou notoriedade por ter aplicações reais em escala com diversos clientes como Santander, UBS, UniCredit, BBVA, MUFG, PNC Bank além de diversas outras entidades financeiras relevantes. A escalabilidade da rede, que permite mais de 1500 transações por segundo, é um dos diferenciais da empresa.

 

Ripple XRP Labs comprar e vender


Apesar do sucesso, há divergências sobre o Ripple. Diferente do Bitcoin, é um protocolo com parte majoritária controlada por uma empresa privada, a Ripple Labs. Ela detém um controle relevante do token XRP e os puristas argumentam que XRP não é descentralizado o suficiente – diferente do Bitcoin, que ninguém detém controle da rede – para ser chamado de blockchain.

Empresas, provedores de serviços na internet e até mesmo o Massachusetts Institute of Technology (MIT) são alguns dos validadores de seu registro, o XRP Ledger.

Seu protocolo é composto por 6 agentes:

  1. Servidor: entidade rodando o software
  2. Ledger: registro das transações
  3. Último Ledger: o último registro aprovado pela rede que representa o “estado da rede”
  4. Ledger Aberto: registro que contém as transações que não passaram pelo consenso ainda
  5. Lista Única de nós: UNL, conjunto único de servidores confiáveis para atingir consenso
  6. Proponentes: Todo nó pode enviar transações a serem validadas e incluir as já validadas, porém, apenas as enviadas pelos UNL serão consideradas pelos servidores autorizados

Algoritmo de Consenso na rede Ripple (RPCA)

O RPCA é aplicado a cada 3-4 segundos, isto é, a cada round de consenso, um número bem menor que os 10 minutos do Bitcoin. É aplicado por todos os nós para manter a conformidade na rede, porém, apenas nós previamente escolhidos validam ou rejeitam transações.

Uma vez que o consenso é estabelecido, o ledger aberto é fechado e se torna o Último Ledger registrado. Na maneira atual de nodes previamente escolhidos, não existe ausência de consenso, e, por consequência, não existe a possibilidade de um fork na rede.

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Consenso na rede ripple

Token XRP

O XRP é a moeda nativa da rede Ripple, isto é, a unidade de valor transacionada na rede. O XRP é divisível até a 6ª casa decimal e sua menor unidade (0,000001 XRP) é chamada de gota (drop, em inglês). 1 milhão de gotas equivalem a 1 XRP.

É utilizado como meio de troca na rede e como último recurso para conversão de um bem, isto é, caso duas pontas não estabeleçam uma relação de confiança para transacionar um ativo em questão, convertem este ativo para XRP, uma vez que todo ativo listado na rede tem um preço em XRP.

A rede realiza 1.500 transações por segundo e pode escalar até a taxa de execução da Visa (que é 50 mil transações por segundo)

Atualmente, possui 3 tipos de soluções de pagamento: xRapid, xCurrent e xVia. Não sendo necessário a utilização do token em todas elas.

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Medidas Anti-Spam

É necessário um mínimo de 20 XRP em cada conta para a mesma se tornar ativa, isto previne o ataque de criação de múltiplas contas fantasmas.

Além disso, existe uma taxa de transação na rede de 0.00001 XRP que não é coletada por ninguém, este XRP é queimado, e, caso o usuário envie transações em um volume extraordinário (mais de mil por minuto), esta taxa aumenta de maneira exponencial, e volta ao normal apenas após um período de inatividade.

Emissão e Distribuição

Foram criados (préminerados) 100 Bilhões de XRP, sendo impossível emitir mais tokens. Sendo assim, foi feito para ser um ativo com oferta decrescente.

Dos 100 bilhões, 20% ficaram nas mãos dos criadores (que também representam os fundadores da Ripple Labs) e os outros 80% para a empresa, Ripple Labs, para financiar as operações.

Dos 80 bilhões de Tokens, 67 ainda estão sob posse da Ripple Labs. Sobre esse fato, a empresa afirmou: “nos comprometemos com estratégias de distribuição que esperamos resultar em uma taxa de câmbio XRP estável ou de fortalecimento contra outros Moedas “.

Além disso, 55 Bilhões estão em uma conta escrow que pode vender até 1 bilhão por mês para financiar novos projetos. Em torno de 45 bilhões de XRP estão em circulação.

A quantidade de XRP distribuída e seus movimentos podem ser rastreados através do site Ripple Charts.

Ripple Labs

Em 2012, a OpenCoin foi fundada por Jed McCaleb e Chris Larsen. com o intuito de desenvolver um sistema de liquidação bruta em tempo real (RTGS), câmbio e rede de remessas com o protocolo nomeado de Ripple. Em 2013, a OpenCoin mudou de nome para Ripple Labs, detentora do sistema open source da Ripple e desenvolvedora do token XRP.

Jed é um programador americano que além da Ripple, foi fundador em outros projetos relevantes para o ecossistema da Blockchain como o Mt Gox e Stellar.

Chris é um executivo da área de tecnologia conhecido por co-fundar e investir em diversas startups. Participou da criação da Ripple e hoje é o presidente do conselho da empresa.

O CEO da Ripple desde 2015 é Brad Garlinghouse. Antes da Ripple, ele serviu como CEO da HighTail, empresa de serviços de armazenamento de arquivos e também foi VP do Yahoo.

Parcerias/Investimentos

A Ripple Labs passou por mais de 9 rodadas de investimento, levantando mais de 100 milhões de dólares, segundo o Crunchbase.

Dentre os investidores mais eminentes estão o fundo californiano Andreessen Horowitz (Investidores do Instagram e Github), Digital Currency Group, Google Ventures, Santander InnoVentures (Corporate Venture do Santander), além de outros fundos relevantes.

Investidores do ripple

A Ripple também tem uma fundação focada em impacto social, o Ripple for Good.

Em 2018, ela vem realizando múltiplas doações. A empresa doou 29 milhões de criptomoedas para escolas públicas dos Estados Unidos e 4 milhões de dólares para Ellen DeGeneres Wildlife Fund, focado em diminuir a disparidade de renda global.

A Ripple também vem trabalhando com o World Community Grid desde de Novembro de 2013. A organização visa prover poder computacional para computadores de voluntários e eletrônicos que ajudam causas humanitárias como luta contra Aids, expansão da energia solar e combate ao câncer. Aqueles que compartilham o poder computacional dos seus dispositivos recebem XRP em troca.

Além disso, a Ripple criou a Iniciativa de Pesquisa de Blockchain nas Universidades:

  • Objetiva a colaboração em pesquisa e desenvolvimento técnico para estimular entendimento e inovação no Blockchain
  • Criar um novo currículo para atingir a alta demanda dos estudantes para entender sobre blockchain, criptomoedas e outros tópicos de Fintechs
  • Estimular ideias e diálogos entre estudantes, universidades, executivos e líderes em tópicos de interesse compartilhado.

Dentre as Universidades apoiadas estão o MIT, Stanford, Princeton e no Brasil a FGV-EESP.

Valorização do XRP

O XRP teve o seu máximo de valorização de mercado no dia 04 de Janeiro quando uma unidade chegou a valer $3,81 dólares e 160 Bilhões de dólares de Market Cap. Apesar de ser a 3ª em Valor de mercado, o Ripple já superou o Ethereum algumas vezes e segue na disputa pela segunda colocação no mundo cripto.

Dominância Bitcoin ethereum Ripple
Gráfico que mostra a dominância das moedas frente ao mercado cripto

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Agora é possível comprar e vender XRP no Brasil, através da FlowBTC, única corretora do Brasil com investidores de grande porte do mercado financeiro tradicional.

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Bônus FlowBTC Ripple XRP

Abaixo, um vídeo da empresa comparando a criptomoeda às suas alternativas:

 

* Esta e-página tem caráter meramente promocional e não constitui recomendação de investimento em XRP ou qualquer outro ativo. As visões e opiniões aqui expressas nos artigos são apenas dos autores e fontes na Internet. Todo movimento de investimento envolve risco. Você deve realizar sua própria análise antes de tomar uma decisão.

 

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Blockchain e eSports – dois mundos semelhantes cada vez mais próximos

A tecnologia mais falada no momento é a tecnologia blockchain. Muitos acreditam que ela será revolucionária, assim como foi o surgimento da internet.

Segundo o Criptoeconomia, o blockchain não apenas altera as normas de diversos setores, como também desafia as organizações a repensarem como implementar novos projetos. O portal, inclusive já abordou os usos dessa tecnologia, no campo financeiro, musical, alimentícios, de recursos humanos e também sua relação com a indústria gamer.

Já postamos anteriormente aqui no Blog da Flow a relação de criptomoedas com games. É importante frisar que a indústria de eSports (competição profissional de videogame em tempo real)  tem crescido muito e ganhado cada vez mais atenção (assim como blockchain).

O mundo dos games teve contato com as criptomoedas assim que elas surgiram, isso mostra como a indústria gamer está sempre à frente das novas tecnologias. Sendo assim, em relação ao blockchain não poderia ser diferente, a tecnologia tem ganhado espaço no mundo gamer e atualmente já temos várias plataformas baseadas em blockchain.

A plataforma de eSport, FirstBlood, atraiu em poucos minutos, 5,5 milhões de dólares com o lançamento da sua ICO. Temos exemplos também de outros projetos relacionados ao mundo gamer, como o Skincoin, Round, MobileGo e o Peerplace.

E não para por aí, empresas como a MyDFS permitem que os usuários recebam tokens de acordo com o seu desempenho no jogo, além de permitir também que os jogadores apostem na perfomance de outros jogadores. E além disso, a plataforma MyDFS não foi criada apenas para os gamers, mas também para os usuários que querem contratar jogadores profissionais para ganhar uma liga de fantasia.

O CEO do projeto FLUX, Oleksandr Sushko, disse para o Medium:

“Entendemos que a tecnologia blockchain é o futuro que já chegou, quer você queira ou não e nós temos que aceitar isso. Por exemplo, o mundo dos games está agora à beira de uma transformação, porque os novos projetos baseados em blockchain estão mudando as regras do jogo”

De acordo com o Criptoeconomia, o projeto FLUX é um projeto ucraniano voltado para jogos com ambições gigantescas. A plataforma pode ser definida como um serviço de matchmaking que permite aos jogadores competirem uns com os outros, tendo uma premiação estabelecida para cada jogo.

Os recursos exclusivos da plataforma possibilitam que os desenvolvedores de jogos online competitivos adicionem seus produtos à plataforma FLUX, e assim eles ficam disponíveis para a competição. Com isso, os desenvolvedores recebem 50% do lucro da plataforma em cada sessão do seu jogo.

O gerente de produtos da FLUX frisou:

“Cada jogo competitivo pode ser monetizado. Estamos interessados em ajudar os jogadores e desenvolvedores a ganharem juntos, pois um não se beneficia sem o outro. O objetivo principal é criar uma plataforma global que permite que todos ganhem conosco, seja você um player, um desenvolvedor, um comerciante ou streamer”

Tendo tudo isso em mente e visando estimular uma maior aproximação entre o mundo cripto e o mundo gamer, a FlowBTC se tornou a primeira corretora brasileira a patrocinar uma equipe de E-Sports, a Encore, que é uma das principais equipes do segmento. E em Setembro, foi a primeira exchange brasileira a patrocinar um campeonato de games online. A competição realizada foi do jogo PLAYERUNKNOWN’S BATTLEGROUNDS, e teve cerca de 150 participantes, além de ter tido uma premiação de R$ 1.000,00 em Bitcoin.

Já ficou claro que o mundo gamer e o mundo cripto estão conectados e crescendo exponencialmente, as criptos vieram ao mundo gamer para acrescentar. eSports e Blockchain tem ganhado muita atenção e juntos os dois com certeza podem crescer cada vez mais.

 

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Blockchain é uma alternativa para a privacidade dos dados de pacientes

Blockchain pode permitir que as pessoas compartilhem seus dados – ainda detendo o controle sobre eles.

Uma das ferramentas mais poderosas de inteligência artificial é a utilização de modelos de Machine Learning. Esse tipo de sistema analisa bases de dados robustas, aprende com os mesmos e identifica padrões. Quanto mais informações estiverem na amostra, mais exatos os resultados estimados estarão. Também conhecida como Aprendizado de Máquina, esse método está oferecendo grandes evoluções em áreas como diagnóstico de doenças, fato que gera euforia e desafios para pesquisadores como Dexter Hadley.

Médico e Biólogo Computacional da Universidade da Califórnia, ele acredita que a Inteligência Artificial pode realizar um trabalho de diagnóstico para o câncer de mama muito superior ao realizado por médicos atualmente. Atualmente, o método padrão de identificação do câncer de mama é a mamografia, sendo que aproximadamente 1 a cada 4 cânceres não são detectados por meio deste exame.

Alcançar os níveis de excelência que possam vir a superar o diagnóstico dos médicos, é uma tarefa em que necessita de grandes amostras para aperfeiçoar os algoritmos de Machine Learning. E é justamente no desafio de captar informações sensíveis como dados de saúde que o blockchain pode ajudar.

Nos últimos anos, vimos diversos escândalos sobre empresas, países ou organizações que realizaram uso indevido de dados privados. Isso trouxe à tona o debate sobre como e quando se deve usar informações pessoais, o que também proporcionou um endurecimento das leis sobre a utilização desse tipo de ativo.

Sob qualquer tema (especialmente em Inteligência Artificial), existe uma dualidade constante. Para tudo que é positivo, há consequências negativas. O dilema da sociedade atual está no fato que diagnósticos mais precisos só serão alcançados se tivermos a utilização de grandes amostras de dados médicos para que os algoritmos de Machine Learning possam ser aperfeiçoados. E essas informaçõe são privadas e sensíveis, então é preciso encontrar um equilíbrio para que os pacientes tenham algum controle.

Resultado de imagem para blockchain health]

Voltando a Hadley.

O grupo de estudo se debruçou justamente sobre esse obstáculo: Como faremos para obter um número tão grande de dados que respeitem a privacidade da mulher?

Dado esse problema, Hadley criou uma plataforma chamada de Breast We Can, na qual qualquer mulher que tenha feito mamografia (nos USA, são realizadas 40MM desses exames por ano) ou outro tipo de análise de imagem poderá compartilhar com as equipes de pesquisa.

A ideia é que, quanto mais mamografias fornecidas, mais efetivo será o diagnóstico de câncer de mama para toda sociedade. O empoderamento à paciente ocorre pelo fato do compartilhamento ocorrer na blockchain e o protocolo permitir que as mesmas possam ter o controle sob seus dados, podendo cancelar caso as convenham.

Essa solução soma-se a um crescente número de startups e cientistas que estão utilizando blockchain para que o mercado de compartilhamento de laudos médicos, registros hospitalares e dados genéticos se torne mais equilibrado. Assim, as equipes de pesquisa poderão treinar seus algoritmos de Machine Learning, captando dados de forma em que respeite a privacidade dos pacientes.

Segurança dos Dados

Estudos mostram que aproximadamente 20% de todos os dados presentes no mundo foram coletados nos últimos 2 anos. O Facebook já coletou desde sua criação 300 petabytes de dados pessoais desde o início das suas operações, o que representa mais que a quantidade de dados coletados pela biblioteca do congresso americano por mais de 200 anos.

Apesar dos dados se tornarem um dos ativos mais valiosos na nossa economia atual, há uma crescente preocupação pública sobre o uso dessas informações. Organizações centralizadas utilizam grandes quantidades de dados pessoais e sensíveis, praticamente sem nenhum controle dos usuários.

Um exemplo de mau uso da informação sensível foi o caso Deep Mind, empresa pertencente ao Google. O sistema nacional de saúde dos Reino Unido permitiu o acesso ao histórico de 1.6 milhões de pacientes sem o consentimento dos detentores dos dados. Informações incluíam nomes e laudos documentados. Para se ter ideia, todo o histórico de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis do Reino Unido foi exposto para esta empresa.

Hoje, principalmente para área da saúde, em muitos países, as leis de privacidade dificultaram a obtenção de informações sensíveis para pesquisadores e empresas de tecnologia. Apesar de ter o lado positivo de preservar as liberdades individuais, isto acaba por prejudicar o desenvolvimento de sistemas que poderiam otimizar o diagnóstico de doenças, como por exemplo o modelo criado por Hadley.

Blockchain como Alternativa

Como citado acima, há diversas organizações focadas em criar modelos que permitam que empresas utilizem dados oferecendo algum tipo de benefício ou controle ao proprietário. Um exemplo é a Nebula Genomics, liderada pelo renomado professor de Harvard e do MIT, o geneticista George Church.

Sua startup pretende vender o serviço de sequenciamento de genoma por menos de 1000 dólares e adicionar os dados no blockchain por meio do Nebula Token. A ideia é transferir o poder da propriedade dos dados para os consumidores, dando a opção de venda das próprias informações em troca de dinheiro ou também armazenar seu genoma sem compartilhar com outras empresas.

Seus concorrentes, 23andMe e Ancestry DNA, vendem os dados dos clientes para grandes farmacêuticas ou companhias de pesquisa por milhões de dólares, sem que os clientes tenham qualquer tipo de benefício ou controle.

Outra empresa que vem trabalhando de forma semelhante à Nebula é a EncrypGen. Ela promete auxiliar pessoas a venderem seu DNA em troca de criptomoedas. Se descrevem como a Amazon do material genético, criando um marketplace em que consumidores possam encontrar interessados nesse tipo de informação. Além disso, os clientes podem compartilhar seus dados com as empresas ou grupos de pesquisa que estão na plataforma de forma segura. Por ser via blockchain, é possível aferir se o destinatário é o mesmo que o paciente desejou vender o dado.

Podemos concluir que a sociedade necessita entrar em consenso no que diz respeito aos dados. É preciso que as pessoas os compartilhem para que a medicina possa salvar mais vidas através de diagnósticos mais eficientes (que em muitos casos viriam por mecanismos de análise extensiva de dados). Ao mesmo tempo, é uma liberdade individual e não pode deixar que as pessoas não tenham nenhum controle sob esse bem.

Mais uma vez a blockchain apresenta-se como um possível mediador desse problema moderno. Quem sabe, no futuro, compartilhar nossos exames médicos possa ser até uma parte da nossa renda.

 

MAIS INFORMAÇÕES:AI researchers embrace Bitcoin technology to share medical data . NATURE VOL. 555 PAG. 293 2018

 

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Por Eduardo Salvatore

Em tempos de eleição, com brigas e intempéries que apenas agravam a polarização nacional, pouco tempo sobra para se debater o país com a devida profundidade. Neste mês fatídico, de onde é possível vir um afago, um alívio, um suporte à esperança que, jamais, espero, morrerá?

Da tecnologia, claro! Ou melhor, da tecnologia de cadeia de blocos, do registro distribuído, descentralizado, transparente, auditável, imutável e autônomo! UFA! O blockchain desponta mais uma vez como o candidato dos sonhos, ou quem nos dera fosse.

Esta semana, o Banco Nacional do Desenvolvimento, em parceria com a Fundação Ethereum, lançou a plataforma BNDESTransparente para o acompanhamento dos financiamentos realizados pelo Órgão nacional em tempo real e de maneira pública.

“Em tempo real, você pode acompanhar a movimentação do BNDESToken, um token virtual criado pelo BNDES e cujo valor é lastreado no real.”

O BNDESToken foi criado no início deste ano, ainda sob o nome de BNDESCoin, por uma força tarefa do banco composta por Suzana Maranhão, Gladstone Jr e Suzana Almeida (parabéns pessoal), que tinham como principal missão “abrir a caixa preta” do BNDES.

No dia 28 de fevereiro de 2018, o banco já havia anunciado que usaria uma solução em blockchain, em parceria com o banco de desenvolvimento alemão KfW, para aumentar a transparência e a eficiência no financiamento de projetos para desenvolvimento que utilizam recursos públicos, em um projeto chamado TruBudget.

Na época, em anúncio oficial, o BNDES afirmou:

“Embora seja baseado em tecnologia similar à do bitcoin, o TruBudget não envolve o uso de uma moeda virtual: trata-se de uma ferramenta de fluxo de trabalho que utiliza uma blockchain privada, e não pública, como a do bitcoin.”

Já o BNDESToken teve sua primeira prova de conceito junto ao Governo do Espírito Santo, através de um financiamento para a construção de rodovias no estado.

O projeto, cujo primeiro nome chegou a ser BNDESCoin, é uma espécie de token em que clientes e fornecedores poderiam transacionar entre si, e também, retirar o valor em Real junto ao BNDES. Suzana Maranhão, colaboradora do projeto, explica-o no vídeo abaixo, na época ainda BNDESCoin:

O PROJETO

O BNDESToken é, então, uma solução desenhada para rastrear a aplicação de recursos públicos em operações de crédito com entes públicos e operações não-reembolsáveis, fornecendo à sociedade de maneira transparente a informação de como esses recursos estão promovendo o desenvolvimento do País.

O TOKEN

O token faz parte do protocolo ethereum ERC-20, isto é, é sediado na Blockchain Ethereum, sem uma quantidade “pré-determinada” de emissão, diferente do Petro Venezuelano. Os tokens são criados a medida que a necessidade do financiamento aumenta e após utilizados, são queimados pelo Banco.
Em seu “Whitepaper”, lê-se:

“Cada unidade do BNDESToken equivale a um Real (1:1). A cotação fixa é um modo simples de criar uma marcação na moeda nacional. O BNDESToken é distribuído nos financiamentos e, em todo momento, o token é propriedade de quem teria a propriedade do Real. (..)
O BNDES emite o token durante a liberação do recurso, o token pode ser transferido algumas vezes na cadeia e depois deve necessariamente ser resgatado perante o Sistema BNDES. Essa premissa visa evitar a criação de um mercado secundário do uso do token, o que poderia introduzir risco regulatório.(..)

O uso da tecnologia blockchain permite que a sociedade confie na inviolabilidade das informações de forma irrefutável, sem a necessidade de uma relação de confiança com a entidade centralizadora. Também permite que o monitoramento em tempo real da aplicação dos recursos seja implementado por qualquer pessoa interessada, bastando, para isso, monitorar as informações na blockchain.

Os critérios para a escolha da blockchain foram maturidade da solução e capacidade de execução de programas para expressar as regras do domínio de negócio. A decisão foi utilizar a blockchain da rede Ethereum porque, junto com a Bitcoin, apresenta maior maturidade do que as demais opções “

IDENTIFICAÇÃO

Apenas pessoas jurídicas com e-CNPJ (identidade eletrônica que garante a autenticidade dos emissores e destinatários de documentos e dados na internet) podem receber BNDESToken.
Com este e-CNPJ, é registrado um endereço de carteira Ethereum pertencente à pessoa jurídica em questão.

“A ideia é que o usuário assine com o e-CNPJ um documento que associe explicitamente o CNPJ ao endereço da blockchain. Este mesmo usuário utiliza o mesmo endereço para enviar o documento assinado para a blockchain. O contrato inteligente que recebe essa informação realiza a validação da assinatura do documento através de um código implementado na própria blockchain. Se a assinatura for validada, como o próprio contrato tem certeza de que o dono do endereço foi quem executou a transação, fica explícito e garantido que a associação é válida. “

CONTROLE

Como cada unidade equivale a R$1, o token é uma representação digital do real, liberado pelo BNDES para financiar projetos, uma espécie de título demonstrativo de crédito para recebimento futuro.
O cliente utiliza o token para pagar fornecedores que estejam prestando serviços para o projeto financiado em questão. Após o recebimento, os fornecedores devem solicitar o resgate junto ao BNDES, única opção para convertê-los em reais.

A ideia é que, na plataforma pública, todos possam visualizar o caminho de cada real ,ao longo de todo o projeto, representado pelo Token.

BNDESTransparente BNDESToken ethereum

BNDESTransparente

Após a concepção do token, era necessária a criação de uma plataforma de consulta, em que o público tivesse acesso a todos os participantes e montantes transacionados. A equipe do BNDESToken entrou em contato, então, com Alexandre Van de Sande, desenvolvedor da fundação Ethereum. É possível ver em tempo real os valores transacionados entre as partes e o comprovante (hash da transação) registrado no Blockchain.

Alexandre concedeu uma entrevista à FlowBTC no tocante a alguns fatores:

Alexandre, quando começou essa parceria com o BNDES, eles que procuraram você, qual era a ideia inicial?

“Bndes token começou como uma hackaton interna, criaram uma microequipe, eles tavam com vários problemas para o token que já existiam soluções, eu ajudei com algumas, o pessoal da Investtools também, daí, o projeto BNDESToken deu início ao BNDES Transparente, que é, basicamente, o blockchain explorer (blockchain.info na rede do bitcoin) do BNDES token.”

Por se tratar de um projeto em conjunto com um órgão federal, em parceria com uma fundação sem fins lucrativos, quais os principais desafios vocês tiveram que ultrapassar?

“É um projeto interno, então demos consultoria gratuita, nunca houve necessidade de realizar uma licitação, isso facilita muito. É um projeto open-source gratuito. As dificuldades são os obstáculos normais de um governo, assinaturas, tempo de execução demorado, etc. Máquina grandes necessitam de grandes ajudas.”

Que outros projetos o Estado Brasileiro tem em desenvolvimento com a Fundação Ethereum?

“Tem o projeto do Ministério do Planejamento de identidade digital, que foi feito com a ConsenSys, e se é ConsenSys, é Ethereum. Eu já fiz uma iniciativa no Congresso brasileiro, recolher assinaturas de projetos de leis popular utilizando blockchain. Mas aí é claro, muda o congresso, muda o governo…. e é difícil. Também fiquei sabendo da Votolegal – mais transparência de gastos eleitorais.”

Como vê a principa diferença em utilizar blockchain pra suportar projetos de orgãos públicos? Quais os riscos e benefícios de plataformas públicas rodarem de maneira descentralizada?

“É uma transparência quase involuntária, toda a ideia seria que eles usem isso para darem mais transparência para processos internos. Um dos problemas que o governo enfrenta é a descrença popular, parte da coisa é que se você usa a descentralização, você, a princípio, limita a sua própria autonomia de poder. Exemplo: Qualquer pessoa no projeto do congresso podia ter uma backup das assinaturas, pra dizer que nenhuma foi apagada/adulterada.”

O projeto ainda está em desenvolvimento? Percebi que no dia 06 de setembro foi aberta uma consulta pública de componentes em blockchain para o BNDESToken.

“Sim o projeto está em desenvolvimento constante, com a abertura de consulta pública é mais ou menos o seguinte: ‘Fizemos isso, está pronto, como podemos melhorar?’ ”

A mudança de Prova de Trabalho para Prova de Participação (Projeto Casper) afeta o funcionamento da plataforma?

“Não afeta, são updates internos que só vão melhorar inclusive escabilidade, etc.”

O que tem sido feito ao redor do mundo nesse sentido também na plataforma Ethereum, o projeto Dubai 2020 está utilizando a rede ethereum também?
“Sim, dubai 2020 tá sendo tocado pela Consensys. Vários projetos estão sendo estudados junto a Governos Federais.”

Agora saindo um pouco do lado do governamental, novidades para o Ethereum este ano, Casper sai? O plasma sai? Sharding? O que podemos esperar?

“Daqui a duas semanas os desenvolvedores, e eu, estaremos no DEVCON e eu espero descobrir muitas coisas lá sobre isso.”

E no tocante aos ICOs (Initial Coin Offering), você acredita que deveria ser feito um framework regulatório nos ICOs?

“Tentar fazer regulamentação agora é tentar fazer algo do passado, a forma que os ICOs são feitos esse ano já são completamente diferente da do ano passado, as pessoas estão fazendo diferente, as regras estão mudando muito rápido. Qualquer tentativa de regulamentação agora está fadada a regulamentar o passado.”

Mesmo tímido no tocante a projetos em Blockchain, o BNDES token está aí, presente, rodando em um caso de estudo real e ajudando a trazer transparência para uma democracia tão, digamos, jovem quanto a nossa. Espera-se que mais projetos surjam nessa linha, podendo confortar os descrentes na política nacional e animar os eternos otimistas brasileiros como este que vos escreve.

Abaixo, vídeo de Gladstone Jr, membro da iniciativa do BNDES explicando mais a fundo o projeto para o ECOA Puc-Rio:

 

Atenção: Meet Up de Blockchain e Criptomoedas em homenagem ao Outubro Rosa dia 25/10 em São Paulo. Toda renda será revertida a uma instituição de combate ao Câncer de Mama. Vamos juntos nessa causa! Acesse AQUI!

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Wall Street Journal cria sua criptomoeda, WSJCoin, em documentário… e a destrói

Por Eduardo Salvatore

“Criptomoedas não são um investimento, são maneiras de empoderar as pessoas.”

É com essa frase que o mini documentário do Wall Street Journal, um dos maiores periódicos do mundo financeiro, começa. Já é possível entender que se trata de mais um doc surfando a onda do hype em torno das criptomoedas e sua tecnologia. Mas, algo inédito é visto nos minutos seguintes: a criação de uma criptomoeda por um dos maiores jornais do mundo.

Steven Russolillo, repórter do WSJ, ficou a cargo da pesquisa e da elaboração do projeto, a criação do Wall Street Journal Coin.

“Para entender criptomoedas, nós criamos uma” é o subtítulo do vídeo.

O documentário, segue à risca a linha dos filmes prévios “hypados”, com imagens e trilha sonora impactantes para envolver o espectador nesse mundo tech-turbo web 2.0 (lê-se BLOCKCHAIN).

Steve, que é responsável pela seção de critpoativos do jornal, começa pelo ponto-de-partida da grande maioria das pessoas com acesso à internet: o Google. A primeira resposta são sites especializados em ajudar a desenvolver e até listar sua criptomoeda, isto é, realizando um ICO (Initial Coin Offering) customizável para o cliente. (developcoins.com /blockchain app factory).

Mas, obviamente, é uma abordagem muito superficial para um meio de arrecadação que já soma mais de 20 bilhões de dólares ao redor do mundo e necessita de atenção especial.

PRÓXIMA PARADA: JAPÃO

Reconhecido por ser o país mais tech e bitcoin-friendly do mundo, o pequeno arquipélago da Ásia Oriental é pioneiro tanto em adoção quanto em regulamentação dos criptoativos. O primeiro a aceitar a moeda como um meio de pagamento legal e a criar legislações para as corretoras locais, o Japão foi a primeira parada para se entender o fenômeno cripto e vislumbrar o que uma cryptosociedade pode vir a ser.

Ao visitar um pesquisador da universidade de Yaku, que se utiliza de um carro elétrico “em blockchain” cuja recarga é paga automaticamente em bitcoin, e utiliza a criptomoeda da instituição, a BYACCO, para pagamentos dentro do campus, sem a necessidade de um cartão de crédito.

Ao expandir a Byacco para a uso dos moradores da cidade local, surge a questão: como será feita a gestão de dados? Uma vez que será possível apurar com precisão os hábitos de compra de acordo com o perfil dos moradores, facilitando o investimento do setor privado e também o direcionamento de subsídio no caso de uma crise financeira.

CriptoToken: Legítimo ou brincadeira?

Após citar alguns projetos sem tanta credibilidade como o trumpCoin, PuttinCoin e até mesmo o Petro, da Venezuela, o documentário sugere que a principal dificuldade das criptomoedas é o ganho de legitimidade por parte dos investidores. Porém, após sucinta explicação do que é a tecnologia em si, aponta os benefícios e se mostra favorável a tecnologia de cadeia de blocos.

Mineração

Outro passo fundamental para entender o ecossistema das criptomoedas, Steve foi visitar uma fazenda de mineração, aos arredores de Tóquio, liderada por um jovem drop-out de 21 anos, que no momento da gravação minerava Ethereum, por ser a mais rentável, mas friza que não é apegado a uma criptomoeda só e escolhe qual será minerada através da rentabilidade.

Criação da Moeda

O primeiro passo apontado nesta etapa é a escolha da blockchain, faz um comparativo entre o blockchain do Bitcoin, Ethereum, Hyperledger e Iroha (apesar da mais desconhecida, é a escolhida pelo WSJ para sediar o ICO). Definido o limite de emissão, 8,4 bilhões de WSJCoin (média entre o volume circulante das 10 principais criptomoedas do mercado), a criptomoeda é criada.

wsjcoin wall street journal documentário
Criptomoeda Física do Wall Street Journal: WSJCoin

Adoção

Uma vez que o token foi criado, o repórter vai atrás de um lugar que aceite a criptomoeda em troca de um copo de cerveja. É aí que a complicação começa, assim como toda moeda de pagamento. Leva-se 45 minutos para criar um meio de pagamento e registrar a conta do estabelecimento, cerveja na mesa, mas é apenas 1 estabelecimento, evidenciando a dificuldade de criar-se uma rede.

Corretoras

Steve visita a Dmm Bitcoin, corretora de criptomoedas e provedora de um sistema de pagamento em cripto, a qual seu CEO, Hitoshi Taguchi alerta:

“Se as criptomoedas não podem ser usadas como moeda para pagar bens e serviços no futuro, elas perderão o seu valor.”

Jogada de marketing ou não, Hitoshi aceita listar a WSJCoin em sua corretora, para prover maior liquidez a moeda.

Eventos Hypados

Próxima parada: Hong Kong, outro hub estratégico no tocante a tecnologia. Steve visita o que todo criptoentusiasta antigo já presenciou: as Grandes Feiras de Criptomoedas e Blockchain (Lê-se Hype Eventos Chain). Dúzias de criptoempreendedores com a próxima solução mundial baseada em tokens, ou quase isso.

Steve passa a promover a WSJCoin, com boa recepção por parte dos presentes por causa da forte marca por trás a princípio, porém, ao falhar em explicar o seu modelo de negócio, as pessoas rapidamente perdem interesse na compra dos tokens.

Eis um ponto crucial em todo o projeto impulsionado por ICO e que William Mougayar trata ao estudar o tokenomics:

O meu projeto realmente necessita de Blockchain?

Indo ainda mais além, o token possui utilidade, mas será que seu valor é crescente?

Apesar de um protótipo, o projeto esbarra ao chegar nas mãos de Neal Lipschutz, editor e coordenador de padrões éticos do jornal, que explica:

“Nós somos um canal de reportagem, nós não queremos criar nossa própria criptomoeda, apenas contar o processo. Assim como falamos dos bancos, nós não saimos por aí criando o nosso próprio banco.”

Apesar de serem casos de uso completamente diferentes, Neal deixa claro o caráter apenas referencial do projeto. Mesmo com o apelo de Steve, o projeto é fechado, e os tokens queimados.

Os dois minutos finais são marcados pelos dois lados da moeda: o sucesso e o risco. Interessante ressaltar que, segundo o documentário, a criação de uma Wall Street Journal Coin e um sistema de pagamento em torno da mesma, custaria entre 500 mil e 1 milhão de dólares.

Assista aqui o documentário completo

 

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Bitcoin Brasil: A história da criptomoeda no país

Antes de falar da história do Bitcoin no Brasil, vamos lembrar que essa moeda é uma revolução tecnológica, uma grande quebra de paradigmas. Criado para ser distribuído e descentralizado, ele não pertence a um país. Dessa forma Bitcoin e Bitcoin Brasil são histórias que começaram juntas, mas ao longo deste artigo vamos olhar para fatos relevantes que aconteceram por aqui, em terras brasileiras.

 

O Bitcoin foi lançado dia 09 de Janeiro de 2009 por Satoshi Nakoto (seja ele quem for). E a primeira transação foi feita no dia 12 de Janeiro deste mesmo ano, quando Nakamoto transferiu 10 bitcoins para o programador Hal Finney. O grupo de Facebook Bitcoin Brasil foi criado em Agosto de 2012, quando o ativo ainda valia cerca de U$ 100,00. Em Novembro, a moeda ultrapassaria os U$ 1.000,00.

 

No primeiro ano de existência, a moeda circulava entre um grupo restrito de programadores e mineradores, que instalavam o blockchain do Bitcoin em suas máquinas. Em 2010, no famoso episódio da compra das 2 pizzas pelo valor de 10 mil Bitcoins, a criptomoeda passou a ter valor real de compra e a história iria começar a mudar.

 

Ainda no ano de 2010, a corretora Mt. Gox foi fundada no Japão e viria a ser a maior exchange do mundo, chegando a movimentar 70% de todas as transações em Bitcoins do mundo. Seria também o maior desastre na história das criptomoedas até o momento, quando fechou as portas em 2014 com um rombo de 850.000 bitcoins, aproximadamente 450 milhões de dólares na época.

 

A história da moeda no Brasil começaria 1 ano depois do episódio das pizzas. Em 2011 surgiu a primeira exchange de Bitcoin no Brasil, a Mercado Bitcoin, em operação até os dias de hoje. Também em 2011, surgiram as altcoins (moedas alternativas ao Bitcoin), entre elas a Namecoin e Litecoin (é possível negociar Litecoins na FlowBTC).

 

Em 2012, com a criação do grupo Bitcoin Brasil no Facebook e o surgimento de uma comunidade de entusiastas no pais, já era possível operar por aqui, graças as corretoras de criptomoedas brasileiras mas também através de negociação peer-to-peer nas comunidades. É um tanto óbvio dizer isso, mas como todo entusiasta de criptomoedas que chegou tarde no jogo, o preço do Bitcoin em 2011 era de apenas U$ 1,00, cem vezes menos do que o valor da moeda em 2012 quando o grupo do Wladimir Crippa foi criado.

 

No ano da Copa do Mundo no Brasil, 2014, muitas coisas aconteceram por aqui além dos jogos de futebol. A cidade de São Paulo recebeu o primeiro caixa eletrônico de Bitcoin, um acontecimento mais simbólico do que relevante, mas que não deixa de ser interessante. Nesse mesmo ano, o economista Fernando Urich publicou o seu livro “Bitcoin. A Moeda na Era Digital”, um dos livros mais influentes do assunto por aqui. E aconteceu em Florianópolis a primeira edição da BitConf, que mudaria para São Paulo nas edições seguintes.

 

Passada a agitação da Copa do Mundo, em 2015, a corretora FlowBTC iniciava a sua operação. O Bitcoin ainda não era tão mainstream no Brasil e a chegada da Flow teve um peso importante, já que o seu CEO, Marcelo Miranda, defendeu o Bitcoin em audiência pública na Câmara, em debate sobre a regulamentação das criptomoedas.

 

Com a supervalorização do Bitcoin no Brasil e no mundo no final de 2017, o número de pessoas cadastradas em corretoras de criptomoedas explodiu, chegando na casa dos 1,5 milhão, mais do que o dobro do número de cadastros de pessoas físicas na bolsa de valores B3, que tem aproximadamente 620 mil cadastros. Ainda sobre números, o grupo Bitcoin Brasil no Facebook tem mais de 120 mil usuários, enquanto os grupos destinados a bolsa de valores não passam dos 25 mil.

 

Em conclusão, a história do Bitcoin também está sendo escrita por aqui e ainda tem muita coisa para acontecer. Os próximos e tão aguardados capítulos tem relação com a regulamentação das criptomoedas, uma história que pode ser muito diferente de país para país, e torcemos muito para que principalmente aqui, essa história tenha um final feliz.

 

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