Entenda a alta do Ripple(XRP) e a alta do Bitcoin Cash(BCH) antes de seu fork

Alta do Ripple

A criptomoeda Ripple, subiu em torno de 14% em valorização nas últimas 24 horas. Seu valor foi de 0,47 centavos de dólar para 0,54.

O que estaria por trás dessa alta?

Na Conferência Econômica Global Islâmica de 2018, Dilip Rao, chefe global de infraestrutura da Ripple, anunciou os planos de expansão no Oriente Médio com a abertura de um escritório em Dubai, impulsionado pelo plano do governo dos Emirados Árabes de colocar as contas públicas em blockchain até 2020.

Além disso, ele também declarou que empresas em alguns países da região já testam ou utilizam algum dos produtos da Ripple, o xRapid e o xInstant, como é o caso de Arábia saudita, Kuwait, Bahrein e Omã.

Um dos principais motivos  para esta alta, também é a robusta parceria com o Santander, na qual o XRP é utilizado como suporte do aplicativo digital do banco.

A moeda chegou a bater 25 centavos de dólar em agosto e ainda não se sabe se ela vai manter o fôlego de alta. O que está certo é que ela veio de um período de consolidação na casa dos 45 centavos e conseguiu superar resistências importantes.

 

 

 

Alta do Bitcoin Cash

A moeda saiu da casa dos 420 dólares no dia 1 de novembro para a casa dos 600 dólares hoje, dia 6 de novembro. Sendo que apenas de sábado pra domingo, a moeda foi de 475 dólares para 575 dólares. Uma valorização de 40% nos últimos 6 dias.

O motivo desta alta seria o primeiro fork na cadeia do Bitcoin Cash.

Desde agosto de 2017, quando o Bitcoin cash nasceu de um fork do próprio Bitcoin, a equipe principal por trás do projeto tinha proposto um fork da moeda a cada 6 meses, caso houvesse um consenso.

Esse fork está servindo pra evidenciar também a centralização dessa moeda, assunto que já foi levantado neste vídeo:

Tudo começou quando o cliente mais usado do BCH, o Bitcoin ABC, e seu desenvolvedor Amaury Séchet, propuseram as implementações do fork de Novembro, previsto para o dia 15. Principalmente 2 implementações:

Um novo opcode chamado CHECK DATA SIG que melhora o script de BCH e permite a validação de mensagens fora da Blockchain. Isso permitirá o uso de oráculos e contratos cross-chain.

A introdução de transações canônicas. Que permitirá avanços significativos de escalabilidade.

Estas mudanças , na visão da ABC, preparariam o terreno para posteriormente haver transações sem moeda na rede, isto é, informações ou execuções de aplicações descentralizadas.

A equipe da ABC também quer deixar o tamanho do bloco como está, 32MB, mas a equipe da nChain não concorda. A Bitmain, principal mineradora da rede, está do lado da ABC.

Já a nChain, encabeçada pelo criptoespecialista Craig Wright, se opôs às implementações por dois motivos: Eles são contra a utilização do blockchain do BCH para transações sem moeda e também não acreditam nas transações canônicas.

A nChain conta com o apoio de uma das principais mineradoras do Bitcoin Cash, a CoinGeek, que por sua vez, quer o aumento do tamanho de bloco para 128 MB, 4 vezes maior que o tamanho atual.

Sendo assim, a nChain propôs o Bitcoin SV, sem essas implementações e com um maior tamanho de bloco.

Aproximadamente 16% do poder de mineração está com a Coingeek e 19,53% está do lado da ABC, uma disputa acirrada.

Roger Ver, uma das principais personas no mundo do Bitcoin Cash, de início se manteve do lado da Bitmain, mas não quis se posicionar de maneira enfática.

 

bitcoin cash xrp ripple alta
Evolução de preço do Bitcoin Cash. Clique para aumentar

 

 

Abaixo vídeo da Tribo Bitcoin

 

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Teremos um Meet Up na Mackenzie no dia 12 de Novembro.

Mais informações: https://www.meetup.com/pt-BR/Meetups-da-FlowBTC-sua-corretora-de-criptomoedas/events/256155326/

4º Meet Up da FlowBTC – Criptomoedas e Trading no Mackenzie

O evento será na Universidade Presbiteriana Mackenzie com o CEO da FlowBTCMarcelo Miranda, como palestrante e conta com o apoio da Liga de Mercado Financeiro Mackenzie Finance.

Serão abordados os principais tópicos de Trading no cenário das criptomoedas: bitcoin, blockchain, arbitragem, volatidade, etc.

Meet up FlowBTC mackenzie trading

 

  • Marcelo Miranda: Com mais de 20 anos de experiência, liderou e participou de equipes de trading, finanças e tecnologia em empresas como Deutsche Bank, Banco Santander, Banco Banif e Maersk. Em seu último cargo foi o Head of Equity Trading para o Deutsche Bank em São Paulo após ser transferido de Nova York. Marcelo é formado em Economia pela UFRJ e possui MBA pela Universidade de Michigan (EUA).

Data: 21/11/2018

Horário: 18:30

Local: Universidade Presbiteriana Mackenzie – Auditório Wilson Souza – Rua Piauí 143 (Prédio de comunicação)

Investimento: GRATUITO

Inscreva-se já AQUI

 

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Blockchain e eSports – dois mundos semelhantes cada vez mais próximos

A tecnologia mais falada no momento é a tecnologia blockchain. Muitos acreditam que ela será revolucionária, assim como foi o surgimento da internet.

Segundo o Criptoeconomia, o blockchain não apenas altera as normas de diversos setores, como também desafia as organizações a repensarem como implementar novos projetos. O portal, inclusive já abordou os usos dessa tecnologia, no campo financeiro, musical, alimentícios, de recursos humanos e também sua relação com a indústria gamer.

Já postamos anteriormente aqui no Blog da Flow a relação de criptomoedas com games. É importante frisar que a indústria de eSports (competição profissional de videogame em tempo real)  tem crescido muito e ganhado cada vez mais atenção (assim como blockchain).

O mundo dos games teve contato com as criptomoedas assim que elas surgiram, isso mostra como a indústria gamer está sempre à frente das novas tecnologias. Sendo assim, em relação ao blockchain não poderia ser diferente, a tecnologia tem ganhado espaço no mundo gamer e atualmente já temos várias plataformas baseadas em blockchain.

A plataforma de eSport, FirstBlood, atraiu em poucos minutos, 5,5 milhões de dólares com o lançamento da sua ICO. Temos exemplos também de outros projetos relacionados ao mundo gamer, como o Skincoin, Round, MobileGo e o Peerplace.

E não para por aí, empresas como a MyDFS permitem que os usuários recebam tokens de acordo com o seu desempenho no jogo, além de permitir também que os jogadores apostem na perfomance de outros jogadores. E além disso, a plataforma MyDFS não foi criada apenas para os gamers, mas também para os usuários que querem contratar jogadores profissionais para ganhar uma liga de fantasia.

O CEO do projeto FLUX, Oleksandr Sushko, disse para o Medium:

“Entendemos que a tecnologia blockchain é o futuro que já chegou, quer você queira ou não e nós temos que aceitar isso. Por exemplo, o mundo dos games está agora à beira de uma transformação, porque os novos projetos baseados em blockchain estão mudando as regras do jogo”

De acordo com o Criptoeconomia, o projeto FLUX é um projeto ucraniano voltado para jogos com ambições gigantescas. A plataforma pode ser definida como um serviço de matchmaking que permite aos jogadores competirem uns com os outros, tendo uma premiação estabelecida para cada jogo.

Os recursos exclusivos da plataforma possibilitam que os desenvolvedores de jogos online competitivos adicionem seus produtos à plataforma FLUX, e assim eles ficam disponíveis para a competição. Com isso, os desenvolvedores recebem 50% do lucro da plataforma em cada sessão do seu jogo.

O gerente de produtos da FLUX frisou:

“Cada jogo competitivo pode ser monetizado. Estamos interessados em ajudar os jogadores e desenvolvedores a ganharem juntos, pois um não se beneficia sem o outro. O objetivo principal é criar uma plataforma global que permite que todos ganhem conosco, seja você um player, um desenvolvedor, um comerciante ou streamer”

Tendo tudo isso em mente e visando estimular uma maior aproximação entre o mundo cripto e o mundo gamer, a FlowBTC se tornou a primeira corretora brasileira a patrocinar uma equipe de E-Sports, a Encore, que é uma das principais equipes do segmento. E em Setembro, foi a primeira exchange brasileira a patrocinar um campeonato de games online. A competição realizada foi do jogo PLAYERUNKNOWN’S BATTLEGROUNDS, e teve cerca de 150 participantes, além de ter tido uma premiação de R$ 1.000,00 em Bitcoin.

Já ficou claro que o mundo gamer e o mundo cripto estão conectados e crescendo exponencialmente, as criptos vieram ao mundo gamer para acrescentar. eSports e Blockchain tem ganhado muita atenção e juntos os dois com certeza podem crescer cada vez mais.

 

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Blockchain é uma alternativa para a privacidade dos dados de pacientes

Blockchain pode permitir que as pessoas compartilhem seus dados – ainda detendo o controle sobre eles.

Uma das ferramentas mais poderosas de inteligência artificial é a utilização de modelos de Machine Learning. Esse tipo de sistema analisa bases de dados robustas, aprende com os mesmos e identifica padrões. Quanto mais informações estiverem na amostra, mais exatos os resultados estimados estarão. Também conhecida como Aprendizado de Máquina, esse método está oferecendo grandes evoluções em áreas como diagnóstico de doenças, fato que gera euforia e desafios para pesquisadores como Dexter Hadley.

Médico e Biólogo Computacional da Universidade da Califórnia, ele acredita que a Inteligência Artificial pode realizar um trabalho de diagnóstico para o câncer de mama muito superior ao realizado por médicos atualmente. Atualmente, o método padrão de identificação do câncer de mama é a mamografia, sendo que aproximadamente 1 a cada 4 cânceres não são detectados por meio deste exame.

Alcançar os níveis de excelência que possam vir a superar o diagnóstico dos médicos, é uma tarefa em que necessita de grandes amostras para aperfeiçoar os algoritmos de Machine Learning. E é justamente no desafio de captar informações sensíveis como dados de saúde que o blockchain pode ajudar.

Nos últimos anos, vimos diversos escândalos sobre empresas, países ou organizações que realizaram uso indevido de dados privados. Isso trouxe à tona o debate sobre como e quando se deve usar informações pessoais, o que também proporcionou um endurecimento das leis sobre a utilização desse tipo de ativo.

Sob qualquer tema (especialmente em Inteligência Artificial), existe uma dualidade constante. Para tudo que é positivo, há consequências negativas. O dilema da sociedade atual está no fato que diagnósticos mais precisos só serão alcançados se tivermos a utilização de grandes amostras de dados médicos para que os algoritmos de Machine Learning possam ser aperfeiçoados. E essas informaçõe são privadas e sensíveis, então é preciso encontrar um equilíbrio para que os pacientes tenham algum controle.

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Voltando a Hadley.

O grupo de estudo se debruçou justamente sobre esse obstáculo: Como faremos para obter um número tão grande de dados que respeitem a privacidade da mulher?

Dado esse problema, Hadley criou uma plataforma chamada de Breast We Can, na qual qualquer mulher que tenha feito mamografia (nos USA, são realizadas 40MM desses exames por ano) ou outro tipo de análise de imagem poderá compartilhar com as equipes de pesquisa.

A ideia é que, quanto mais mamografias fornecidas, mais efetivo será o diagnóstico de câncer de mama para toda sociedade. O empoderamento à paciente ocorre pelo fato do compartilhamento ocorrer na blockchain e o protocolo permitir que as mesmas possam ter o controle sob seus dados, podendo cancelar caso as convenham.

Essa solução soma-se a um crescente número de startups e cientistas que estão utilizando blockchain para que o mercado de compartilhamento de laudos médicos, registros hospitalares e dados genéticos se torne mais equilibrado. Assim, as equipes de pesquisa poderão treinar seus algoritmos de Machine Learning, captando dados de forma em que respeite a privacidade dos pacientes.

Segurança dos Dados

Estudos mostram que aproximadamente 20% de todos os dados presentes no mundo foram coletados nos últimos 2 anos. O Facebook já coletou desde sua criação 300 petabytes de dados pessoais desde o início das suas operações, o que representa mais que a quantidade de dados coletados pela biblioteca do congresso americano por mais de 200 anos.

Apesar dos dados se tornarem um dos ativos mais valiosos na nossa economia atual, há uma crescente preocupação pública sobre o uso dessas informações. Organizações centralizadas utilizam grandes quantidades de dados pessoais e sensíveis, praticamente sem nenhum controle dos usuários.

Um exemplo de mau uso da informação sensível foi o caso Deep Mind, empresa pertencente ao Google. O sistema nacional de saúde dos Reino Unido permitiu o acesso ao histórico de 1.6 milhões de pacientes sem o consentimento dos detentores dos dados. Informações incluíam nomes e laudos documentados. Para se ter ideia, todo o histórico de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis do Reino Unido foi exposto para esta empresa.

Hoje, principalmente para área da saúde, em muitos países, as leis de privacidade dificultaram a obtenção de informações sensíveis para pesquisadores e empresas de tecnologia. Apesar de ter o lado positivo de preservar as liberdades individuais, isto acaba por prejudicar o desenvolvimento de sistemas que poderiam otimizar o diagnóstico de doenças, como por exemplo o modelo criado por Hadley.

Blockchain como Alternativa

Como citado acima, há diversas organizações focadas em criar modelos que permitam que empresas utilizem dados oferecendo algum tipo de benefício ou controle ao proprietário. Um exemplo é a Nebula Genomics, liderada pelo renomado professor de Harvard e do MIT, o geneticista George Church.

Sua startup pretende vender o serviço de sequenciamento de genoma por menos de 1000 dólares e adicionar os dados no blockchain por meio do Nebula Token. A ideia é transferir o poder da propriedade dos dados para os consumidores, dando a opção de venda das próprias informações em troca de dinheiro ou também armazenar seu genoma sem compartilhar com outras empresas.

Seus concorrentes, 23andMe e Ancestry DNA, vendem os dados dos clientes para grandes farmacêuticas ou companhias de pesquisa por milhões de dólares, sem que os clientes tenham qualquer tipo de benefício ou controle.

Outra empresa que vem trabalhando de forma semelhante à Nebula é a EncrypGen. Ela promete auxiliar pessoas a venderem seu DNA em troca de criptomoedas. Se descrevem como a Amazon do material genético, criando um marketplace em que consumidores possam encontrar interessados nesse tipo de informação. Além disso, os clientes podem compartilhar seus dados com as empresas ou grupos de pesquisa que estão na plataforma de forma segura. Por ser via blockchain, é possível aferir se o destinatário é o mesmo que o paciente desejou vender o dado.

Podemos concluir que a sociedade necessita entrar em consenso no que diz respeito aos dados. É preciso que as pessoas os compartilhem para que a medicina possa salvar mais vidas através de diagnósticos mais eficientes (que em muitos casos viriam por mecanismos de análise extensiva de dados). Ao mesmo tempo, é uma liberdade individual e não pode deixar que as pessoas não tenham nenhum controle sob esse bem.

Mais uma vez a blockchain apresenta-se como um possível mediador desse problema moderno. Quem sabe, no futuro, compartilhar nossos exames médicos possa ser até uma parte da nossa renda.

 

MAIS INFORMAÇÕES:AI researchers embrace Bitcoin technology to share medical data . NATURE VOL. 555 PAG. 293 2018

 

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COMO O BLOCKCHAIN E A TOKENIZAÇÃO ESTÃO MUDANDO O MERCADO IMOBILIÁRIO

Como foi o 3º Meetup da FlowBTC – Blockchain Women – Outubro Rosa

O Meetup Mulheres em rede em prol do Outubro Rosa na FlowBTC, foi um sucesso!

Na nossa sede recebemos o público para assistir: Liliane Tie e a Teca Aarão para falar sobre blockchain e cripto, e também a biomédica Ligia Franchi para falar sobre câncer de mama, suas possíveis causas e prevenções.

O evento ocorreu nesta quinta-feira, 25 de Outubro.

Após o final do evento o público pôde fazer networking e tudo acabou em pizza!

Toda a renda arrecadada foi doada para uma instituição de combate ao câncer de mama.

Essa iniciativa faz parte da nossa estratégia de estar cada vez mais perto dos nossos clientes para que possamos continuar oferecendo o melhor serviço e conteúdo possível!

Agradecemos a presença e colaboração de todos e principalmente das palestrantes, Liliane Tie, Teca Aarão e Ligia Franchi!

Se inscreva no nosso grupo do Meet Up para ser notificado sobre os próximos eventos.

 

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Como o blockchain e a tokenização estão mudando o mercado imobiliário

Real Estate: Como o blockchain e a tokenização estão mudando o mercado imobiliário

Os investimentos em real estate ainda são majoritariamente conduzidos por processos que não foram atualizados com a revolução tecnológica, isto é, continuam ineficientes, custosos e ilíquidos.

O Blockchain apresenta-se como uma alternativa para tornar esse setor mais eficiente. Utilizar tokens lastreados em ativos reais (Security Tokens) e smart contracts podem tanto aumentar a eficiência, quanto a liquidez desse mercado.

Hoje, através da popularização dos mecanismos de captação via blockchain, como os ICOs, por exemplo, você pode adquirir tokens que correspondem à participação acionária em imóveis espalhados ao redor do mundo. Além disso, os contratos programáveis podem garantir que as condições impostas não sejam alteradas ou modificadas sem a necessidade de um custoso e ineficiente agente intermediário.

Security Tokens e Real Estate

A The Economist, em 2015, publicou sua capa com a seguinte frase: Blockchain, The Truth Machine. Tudo sobre a tão famosa cadeia de blocos basicamente resume-se a uma grande vantagem: Não precisamos de intermediários, que promovem burocracia e gastos. Baseado em tecnologia, matemática e criptografia, estamos no processo de criar, através da blockchain, uma forma de desintermediar qualquer tipo de transação.

 

The Truth Machine blockchain STO
The Economist – Outubro de 2015

Ancorado nessa teoria, surgiu o conceito de Security Tokens. Estes são nada mais que a representação de posse de qualquer ativo real na Blockchain. Esses bens são legitimados pelo registro imutável da tecnologia.

Nosso mundo é cheio de ativos como ações, imóveis, ouro, créditos de carbono, participações em startups, etc. Imagine um mercado global em que seja tão fácil transacionar esses ativos como é para transacionar ações.

As expectativas sobre a tokenização de real estate está tendo a validação de formadores de opinião como David Sacks, um dos fundadores do PayPal. Durante o Token Summit em Nova York, ele mencionou que uma das vantagens da tokenização do mercado imobiliário apoia-se no fato de reduzir ou eliminar o “desconto de iliquidez”.

 

Os economistas estimam que o valor dos imóveis são menores do que o preço real porque as pessoas acabam por comprar imóveis por valores menores, já precificando a dificuldade da revenda.

David também cita que o setor de real estate é um mercado trilionário e que a tokenização irá desbloquear uma grande quantidade de valor no momento em que pessoas poderem comprar ou vender parte do imóvel – cada token pode representar um share do imóvel, ocorrendo assim o fracionamento da propriedade do ativo. Isso promove uma democratização do acesso ao investimento imobiliário.

Smart Contracts

Smart contract é um código auto-executável que atua na infraestrutura da blockchain para assegurar que os termos do contrato sejam cumpridos mesmo sem um intermediário.

Com a popularização de plataformas que facilitam o acesso a esse tipo de convenção, como a Ethereum, os smart contracts estão se consolidando como uma alternativa viável para desintermediar todo o processo.

O acerto entre 2 partes é programado em um contrato inteligente, com os fundos enviados para esse contrato pelo comprador. Através da tecnologia e termos do acordo, o código identifica se todos os termos entre as 2 partes foram satisfeitos e, caso tenha sido, automaticamente o contrato envia o dinheiro que está salvo na rede blockchain para o vendedor. Isso reduz diversos artifícios custosos dos intermediários.

O potencial de usar smart contracts para comprar imóveis foi posto em prova em setembro do 2017 por Michael Arrington, fundador da TechCrunch. Através de um contrato programável, ele adquiriu uma casa em Kiev, na Ucrânia, por 60 mil dólares. 

 

Hotel em Aspen realiza Security Token Offering (STO)

Por mérito da blockchain, você pode se tornar sócio de um Hotel em Aspen, no Colorado. O hotel ST Regis Aspen Resort está pretendendo realizar uma oferta de tokens lastreados no seu imóvel. A ideia é vender 18 milhões de tokens sob o valor de $1 cada. Assim, a partir de 1 dólar você pode diversificar seu portfólio investindo em um imóvel nos Estados Unidos (estando em conformidade com a legislação local).

Eles estão buscando captar 18 milhões de dólares por 18,9% da propriedade.

O hotel pertence ao grupo Elevated Return, que detém ativos imobiliários por todo o mundo.

Segundo o presidente da empresa, Stephane De Baets, trata-se apenas do primeiro teste da companhia e caso haja sucesso, há a previsão de realizar oferta primária de hotéis em Singapura, Hong Kong, Tailândia e Washington.

hotel security token ico
St. Regis Aspen Resort

 

Dynasty

No contexto do mercado imobiliário, a Finchain também está participando de iniciativas nesse setor. A empresa participou na estruturação da Dynasty, Fundo Imobiliário que está realização um Security Token Offering lastreado em imóveis globais.

Desenvolvido no Brasil pela Finchain, controladora da FlowBTC, o token da Dynasty segue o padrão ERC-20 do Blockchain do Ethereum, baseado em contratos inteligentes, os smart contracts.
Segundo dados do Estadão, a demanda pela criptomoeda D¥N já ultrapassa a faixa de US$ 75 milhões em sua primeira fase realizada no exterior para investidores qualificados.

Alguns anos atrás, era difícil imaginar uma sociedade na qual nossos carros atuariam como táxis ou nossas casas como hotéis. Ainda assim, os benefícios proporcionados pela tecnologia transpuseram desafios regulatórios e otimizaram de fato esses setores.

Ainda há um longo percurso até tornar o mercado imobiliário mais produtivo por meio dos smart contracts e acessível através dos security tokens. Entretanto, as soluções apresentadas pelo blockchain apresentam um caminho de como torná-lo mais democrático, transparente e eficiente.

Atenção: Meet Up de Blockchain e Criptomoedas em homenagem ao Outubro Rosa dia 25/10 em São Paulo. Toda renda será revertida a uma instituição de combate ao Câncer de Mama. Vamos juntos nessa causa! Acesse AQUI!

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BNDES lança o BNDESToken, em Ethereum, para rastrear recursos públicos de financiamento

Por Eduardo Salvatore

Em tempos de eleição, com brigas e intempéries que apenas agravam a polarização nacional, pouco tempo sobra para se debater o país com a devida profundidade. Neste mês fatídico, de onde é possível vir um afago, um alívio, um suporte à esperança que, jamais, espero, morrerá?

Da tecnologia, claro! Ou melhor, da tecnologia de cadeia de blocos, do registro distribuído, descentralizado, transparente, auditável, imutável e autônomo! UFA! O blockchain desponta mais uma vez como o candidato dos sonhos, ou quem nos dera fosse.

Esta semana, o Banco Nacional do Desenvolvimento, em parceria com a Fundação Ethereum, lançou a plataforma BNDESTransparente para o acompanhamento dos financiamentos realizados pelo Órgão nacional em tempo real e de maneira pública.

“Em tempo real, você pode acompanhar a movimentação do BNDESToken, um token virtual criado pelo BNDES e cujo valor é lastreado no real.”

O BNDESToken foi criado no início deste ano, ainda sob o nome de BNDESCoin, por uma força tarefa do banco composta por Suzana Maranhão, Gladstone Jr e Suzana Almeida (parabéns pessoal), que tinham como principal missão “abrir a caixa preta” do BNDES.

No dia 28 de fevereiro de 2018, o banco já havia anunciado que usaria uma solução em blockchain, em parceria com o banco de desenvolvimento alemão KfW, para aumentar a transparência e a eficiência no financiamento de projetos para desenvolvimento que utilizam recursos públicos, em um projeto chamado TruBudget.

Na época, em anúncio oficial, o BNDES afirmou:

“Embora seja baseado em tecnologia similar à do bitcoin, o TruBudget não envolve o uso de uma moeda virtual: trata-se de uma ferramenta de fluxo de trabalho que utiliza uma blockchain privada, e não pública, como a do bitcoin.”

Já o BNDESToken teve sua primeira prova de conceito junto ao Governo do Espírito Santo, através de um financiamento para a construção de rodovias no estado.

O projeto, cujo primeiro nome chegou a ser BNDESCoin, é uma espécie de token em que clientes e fornecedores poderiam transacionar entre si, e também, retirar o valor em Real junto ao BNDES. Suzana Maranhão, colaboradora do projeto, explica-o no vídeo abaixo, na época ainda BNDESCoin:

O PROJETO

O BNDESToken é, então, uma solução desenhada para rastrear a aplicação de recursos públicos em operações de crédito com entes públicos e operações não-reembolsáveis, fornecendo à sociedade de maneira transparente a informação de como esses recursos estão promovendo o desenvolvimento do País.

O TOKEN

O token faz parte do protocolo ethereum ERC-20, isto é, é sediado na Blockchain Ethereum, sem uma quantidade “pré-determinada” de emissão, diferente do Petro Venezuelano. Os tokens são criados a medida que a necessidade do financiamento aumenta e após utilizados, são queimados pelo Banco.
Em seu “Whitepaper”, lê-se:

“Cada unidade do BNDESToken equivale a um Real (1:1). A cotação fixa é um modo simples de criar uma marcação na moeda nacional. O BNDESToken é distribuído nos financiamentos e, em todo momento, o token é propriedade de quem teria a propriedade do Real. (..)
O BNDES emite o token durante a liberação do recurso, o token pode ser transferido algumas vezes na cadeia e depois deve necessariamente ser resgatado perante o Sistema BNDES. Essa premissa visa evitar a criação de um mercado secundário do uso do token, o que poderia introduzir risco regulatório.(..)

O uso da tecnologia blockchain permite que a sociedade confie na inviolabilidade das informações de forma irrefutável, sem a necessidade de uma relação de confiança com a entidade centralizadora. Também permite que o monitoramento em tempo real da aplicação dos recursos seja implementado por qualquer pessoa interessada, bastando, para isso, monitorar as informações na blockchain.

Os critérios para a escolha da blockchain foram maturidade da solução e capacidade de execução de programas para expressar as regras do domínio de negócio. A decisão foi utilizar a blockchain da rede Ethereum porque, junto com a Bitcoin, apresenta maior maturidade do que as demais opções “

IDENTIFICAÇÃO

Apenas pessoas jurídicas com e-CNPJ (identidade eletrônica que garante a autenticidade dos emissores e destinatários de documentos e dados na internet) podem receber BNDESToken.
Com este e-CNPJ, é registrado um endereço de carteira Ethereum pertencente à pessoa jurídica em questão.

“A ideia é que o usuário assine com o e-CNPJ um documento que associe explicitamente o CNPJ ao endereço da blockchain. Este mesmo usuário utiliza o mesmo endereço para enviar o documento assinado para a blockchain. O contrato inteligente que recebe essa informação realiza a validação da assinatura do documento através de um código implementado na própria blockchain. Se a assinatura for validada, como o próprio contrato tem certeza de que o dono do endereço foi quem executou a transação, fica explícito e garantido que a associação é válida. “

CONTROLE

Como cada unidade equivale a R$1, o token é uma representação digital do real, liberado pelo BNDES para financiar projetos, uma espécie de título demonstrativo de crédito para recebimento futuro.
O cliente utiliza o token para pagar fornecedores que estejam prestando serviços para o projeto financiado em questão. Após o recebimento, os fornecedores devem solicitar o resgate junto ao BNDES, única opção para convertê-los em reais.

A ideia é que, na plataforma pública, todos possam visualizar o caminho de cada real ,ao longo de todo o projeto, representado pelo Token.

BNDESTransparente BNDESToken ethereum

BNDESTransparente

Após a concepção do token, era necessária a criação de uma plataforma de consulta, em que o público tivesse acesso a todos os participantes e montantes transacionados. A equipe do BNDESToken entrou em contato, então, com Alexandre Van de Sande, desenvolvedor da fundação Ethereum. É possível ver em tempo real os valores transacionados entre as partes e o comprovante (hash da transação) registrado no Blockchain.

Alexandre concedeu uma entrevista à FlowBTC no tocante a alguns fatores:

Alexandre, quando começou essa parceria com o BNDES, eles que procuraram você, qual era a ideia inicial?

“Bndes token começou como uma hackaton interna, criaram uma microequipe, eles tavam com vários problemas para o token que já existiam soluções, eu ajudei com algumas, o pessoal da Investtools também, daí, o projeto BNDESToken deu início ao BNDES Transparente, que é, basicamente, o blockchain explorer (blockchain.info na rede do bitcoin) do BNDES token.”

Por se tratar de um projeto em conjunto com um órgão federal, em parceria com uma fundação sem fins lucrativos, quais os principais desafios vocês tiveram que ultrapassar?

“É um projeto interno, então demos consultoria gratuita, nunca houve necessidade de realizar uma licitação, isso facilita muito. É um projeto open-source gratuito. As dificuldades são os obstáculos normais de um governo, assinaturas, tempo de execução demorado, etc. Máquina grandes necessitam de grandes ajudas.”

Que outros projetos o Estado Brasileiro tem em desenvolvimento com a Fundação Ethereum?

“Tem o projeto do Ministério do Planejamento de identidade digital, que foi feito com a ConsenSys, e se é ConsenSys, é Ethereum. Eu já fiz uma iniciativa no Congresso brasileiro, recolher assinaturas de projetos de leis popular utilizando blockchain. Mas aí é claro, muda o congresso, muda o governo…. e é difícil. Também fiquei sabendo da Votolegal – mais transparência de gastos eleitorais.”

Como vê a principa diferença em utilizar blockchain pra suportar projetos de orgãos públicos? Quais os riscos e benefícios de plataformas públicas rodarem de maneira descentralizada?

“É uma transparência quase involuntária, toda a ideia seria que eles usem isso para darem mais transparência para processos internos. Um dos problemas que o governo enfrenta é a descrença popular, parte da coisa é que se você usa a descentralização, você, a princípio, limita a sua própria autonomia de poder. Exemplo: Qualquer pessoa no projeto do congresso podia ter uma backup das assinaturas, pra dizer que nenhuma foi apagada/adulterada.”

O projeto ainda está em desenvolvimento? Percebi que no dia 06 de setembro foi aberta uma consulta pública de componentes em blockchain para o BNDESToken.

“Sim o projeto está em desenvolvimento constante, com a abertura de consulta pública é mais ou menos o seguinte: ‘Fizemos isso, está pronto, como podemos melhorar?’ ”

A mudança de Prova de Trabalho para Prova de Participação (Projeto Casper) afeta o funcionamento da plataforma?

“Não afeta, são updates internos que só vão melhorar inclusive escabilidade, etc.”

O que tem sido feito ao redor do mundo nesse sentido também na plataforma Ethereum, o projeto Dubai 2020 está utilizando a rede ethereum também?
“Sim, dubai 2020 tá sendo tocado pela Consensys. Vários projetos estão sendo estudados junto a Governos Federais.”

Agora saindo um pouco do lado do governamental, novidades para o Ethereum este ano, Casper sai? O plasma sai? Sharding? O que podemos esperar?

“Daqui a duas semanas os desenvolvedores, e eu, estaremos no DEVCON e eu espero descobrir muitas coisas lá sobre isso.”

E no tocante aos ICOs (Initial Coin Offering), você acredita que deveria ser feito um framework regulatório nos ICOs?

“Tentar fazer regulamentação agora é tentar fazer algo do passado, a forma que os ICOs são feitos esse ano já são completamente diferente da do ano passado, as pessoas estão fazendo diferente, as regras estão mudando muito rápido. Qualquer tentativa de regulamentação agora está fadada a regulamentar o passado.”

Mesmo tímido no tocante a projetos em Blockchain, o BNDES token está aí, presente, rodando em um caso de estudo real e ajudando a trazer transparência para uma democracia tão, digamos, jovem quanto a nossa. Espera-se que mais projetos surjam nessa linha, podendo confortar os descrentes na política nacional e animar os eternos otimistas brasileiros como este que vos escreve.

Abaixo, vídeo de Gladstone Jr, membro da iniciativa do BNDES explicando mais a fundo o projeto para o ECOA Puc-Rio:

 

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Wall Street Journal cria sua criptomoeda, WSJCoin, em documentário… e a destrói

Por Eduardo Salvatore

“Criptomoedas não são um investimento, são maneiras de empoderar as pessoas.”

É com essa frase que o mini documentário do Wall Street Journal, um dos maiores periódicos do mundo financeiro, começa. Já é possível entender que se trata de mais um doc surfando a onda do hype em torno das criptomoedas e sua tecnologia. Mas, algo inédito é visto nos minutos seguintes: a criação de uma criptomoeda por um dos maiores jornais do mundo.

Steven Russolillo, repórter do WSJ, ficou a cargo da pesquisa e da elaboração do projeto, a criação do Wall Street Journal Coin.

“Para entender criptomoedas, nós criamos uma” é o subtítulo do vídeo.

O documentário, segue à risca a linha dos filmes prévios “hypados”, com imagens e trilha sonora impactantes para envolver o espectador nesse mundo tech-turbo web 2.0 (lê-se BLOCKCHAIN).

Steve, que é responsável pela seção de critpoativos do jornal, começa pelo ponto-de-partida da grande maioria das pessoas com acesso à internet: o Google. A primeira resposta são sites especializados em ajudar a desenvolver e até listar sua criptomoeda, isto é, realizando um ICO (Initial Coin Offering) customizável para o cliente. (developcoins.com /blockchain app factory).

Mas, obviamente, é uma abordagem muito superficial para um meio de arrecadação que já soma mais de 20 bilhões de dólares ao redor do mundo e necessita de atenção especial.

PRÓXIMA PARADA: JAPÃO

Reconhecido por ser o país mais tech e bitcoin-friendly do mundo, o pequeno arquipélago da Ásia Oriental é pioneiro tanto em adoção quanto em regulamentação dos criptoativos. O primeiro a aceitar a moeda como um meio de pagamento legal e a criar legislações para as corretoras locais, o Japão foi a primeira parada para se entender o fenômeno cripto e vislumbrar o que uma cryptosociedade pode vir a ser.

Ao visitar um pesquisador da universidade de Yaku, que se utiliza de um carro elétrico “em blockchain” cuja recarga é paga automaticamente em bitcoin, e utiliza a criptomoeda da instituição, a BYACCO, para pagamentos dentro do campus, sem a necessidade de um cartão de crédito.

Ao expandir a Byacco para a uso dos moradores da cidade local, surge a questão: como será feita a gestão de dados? Uma vez que será possível apurar com precisão os hábitos de compra de acordo com o perfil dos moradores, facilitando o investimento do setor privado e também o direcionamento de subsídio no caso de uma crise financeira.

CriptoToken: Legítimo ou brincadeira?

Após citar alguns projetos sem tanta credibilidade como o trumpCoin, PuttinCoin e até mesmo o Petro, da Venezuela, o documentário sugere que a principal dificuldade das criptomoedas é o ganho de legitimidade por parte dos investidores. Porém, após sucinta explicação do que é a tecnologia em si, aponta os benefícios e se mostra favorável a tecnologia de cadeia de blocos.

Mineração

Outro passo fundamental para entender o ecossistema das criptomoedas, Steve foi visitar uma fazenda de mineração, aos arredores de Tóquio, liderada por um jovem drop-out de 21 anos, que no momento da gravação minerava Ethereum, por ser a mais rentável, mas friza que não é apegado a uma criptomoeda só e escolhe qual será minerada através da rentabilidade.

Criação da Moeda

O primeiro passo apontado nesta etapa é a escolha da blockchain, faz um comparativo entre o blockchain do Bitcoin, Ethereum, Hyperledger e Iroha (apesar da mais desconhecida, é a escolhida pelo WSJ para sediar o ICO). Definido o limite de emissão, 8,4 bilhões de WSJCoin (média entre o volume circulante das 10 principais criptomoedas do mercado), a criptomoeda é criada.

wsjcoin wall street journal documentário
Criptomoeda Física do Wall Street Journal: WSJCoin

Adoção

Uma vez que o token foi criado, o repórter vai atrás de um lugar que aceite a criptomoeda em troca de um copo de cerveja. É aí que a complicação começa, assim como toda moeda de pagamento. Leva-se 45 minutos para criar um meio de pagamento e registrar a conta do estabelecimento, cerveja na mesa, mas é apenas 1 estabelecimento, evidenciando a dificuldade de criar-se uma rede.

Corretoras

Steve visita a Dmm Bitcoin, corretora de criptomoedas e provedora de um sistema de pagamento em cripto, a qual seu CEO, Hitoshi Taguchi alerta:

“Se as criptomoedas não podem ser usadas como moeda para pagar bens e serviços no futuro, elas perderão o seu valor.”

Jogada de marketing ou não, Hitoshi aceita listar a WSJCoin em sua corretora, para prover maior liquidez a moeda.

Eventos Hypados

Próxima parada: Hong Kong, outro hub estratégico no tocante a tecnologia. Steve visita o que todo criptoentusiasta antigo já presenciou: as Grandes Feiras de Criptomoedas e Blockchain (Lê-se Hype Eventos Chain). Dúzias de criptoempreendedores com a próxima solução mundial baseada em tokens, ou quase isso.

Steve passa a promover a WSJCoin, com boa recepção por parte dos presentes por causa da forte marca por trás a princípio, porém, ao falhar em explicar o seu modelo de negócio, as pessoas rapidamente perdem interesse na compra dos tokens.

Eis um ponto crucial em todo o projeto impulsionado por ICO e que William Mougayar trata ao estudar o tokenomics:

O meu projeto realmente necessita de Blockchain?

Indo ainda mais além, o token possui utilidade, mas será que seu valor é crescente?

Apesar de um protótipo, o projeto esbarra ao chegar nas mãos de Neal Lipschutz, editor e coordenador de padrões éticos do jornal, que explica:

“Nós somos um canal de reportagem, nós não queremos criar nossa própria criptomoeda, apenas contar o processo. Assim como falamos dos bancos, nós não saimos por aí criando o nosso próprio banco.”

Apesar de serem casos de uso completamente diferentes, Neal deixa claro o caráter apenas referencial do projeto. Mesmo com o apelo de Steve, o projeto é fechado, e os tokens queimados.

Os dois minutos finais são marcados pelos dois lados da moeda: o sucesso e o risco. Interessante ressaltar que, segundo o documentário, a criação de uma Wall Street Journal Coin e um sistema de pagamento em torno da mesma, custaria entre 500 mil e 1 milhão de dólares.

Assista aqui o documentário completo

 

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Ruby-X: O mistério em torno do terceiro maior ICO da história

Por Lucas Abreu

Uma das grandes disrupções proporcionadas pelo blockchain foi a captação via ICOs. Seu diferencial é o fato de ter uma burocracia reduzida e também por promover acesso a uma rede global de investidores. Uma prova da consolidação desse método foi o recente funding da Ruby-X.

No dia 17 de setembro, a empresa, que busca desenvolver um marketplace global descentralizado, levantou US$1,2 Bilhões para financiar seu objetivo. Algo inusitado é que trata-se de um projeto anônimo, em que os idealizadores não são citados (assim como ocorreu no Bitcoin).

Panorama dos ICOs

ICO é um sistema de crowdfunding utilizado a fim de arrecadar recursos para viabilizar projetos no blockchain. Assim, os investidores recebem Tokens em troca do aporte financeiro. (Entenda mais no nosso artigo).

Em 2018, mais de 20 bilhões de dólares foram captados para projetos de tecnologia através dessa forma de financiamento. Após perder força nos meses de Julho e Agosto, o mercado de ICOs teve uma alta de 68% no mês de Setembro em comparação a Agosto.

Ruby-X ICO stats terceiro maior historia
Volume arrecadado por ICOs em dólares no ano de 2018. Última atualização: 3 de outubro. Dados: Coinschedule

Ruby-X, o terceiro maior ICO da história?

Após o Diamante, o segundo metal precioso mais resistente é o Rubi (Ruby, em inglês). Por se introduzir como o protocolo com os padrões de segurança mais elevados no mundo para transação de bens (apesar da pouca profundidade do whitepaper explicando tal diferencial), a Ruby-X utiliza este nome em analogia ao metal resiliente.

A Ruby-X almeja criar um marketplace global descentralizado que permitirá ao usuário comprar ou vender qualquer bem tangível ou intangível. Seria um protocolo movido por meio do algorítimo de consenso PoC (Proof of Commitment).

O objetivo da Ruby é ter as seguintes plataformas:

  • Uma corretora de criptoativos (já está operacional em fase beta)
  • Plataforma de informação e de treinamento de habilidades de trading
  • Plataforma de fundos privados – Usuários poderão encontrar managers para investir seu capital
  • Auditoria e Gestão de Criptomoedas
  • Trading de Inteligência Artificial – Modelos algoritmos para trading poderão ser comprados na plataforma
  • Além dessas features, programadores poderão implementar aplicativos descentralizados no protocolo da Ruby.

RBY é o token da plataforma (inicialmente será baseado no protocolo Ethereum ERC-20) e sua função será ser o meio de transação para todo ecossistema ativo na plataforma descentralizada.

O projeto relata que, de início, a RBY será utilizada para pagar as taxas de transações e, eventualmente, será a moeda chave para tradar as principais criptos, isto é, apenas pares em RBY (ex: BTC/RBY).

Uma das formas de incentivo para a aquisição da moeda será que os 5000 maiores detentores do RBY terão direito a 40% dos lucros quadrimestrais ou 10% da receita da corretora (fica a critério da empresa).

A companhia promoveu uma grande mobilização de abertura, através de uma competição de trading e airdrops com prêmios previstos de até 10 milhões de dólares, além da possibilidade do trader de maior rentabilidade do campeonato se tornar Manager do Crypto-Fund da empresa.

Sobre o time que está por trás do projeto, somente há referências de que trata-se de colaboradores experientes. A Ruby-X cita no whitepaper que a equipe teve experiências em empresas como Samsung, LG, Hitachi, CA, Hyundai, CG, Paysafe, bancos e provedores de serviços de carteira virtual porém nomes não são revelados.

Pode-se dizer que o projeto divide-se em 2 fases:

Pré lançamento da Mainnet

  • O foco estará na corretora de criptomoedas e desenvolvimento de features. A Ruby-X pretende lançar até junho de 2019 uma plataforma mobile de trading avançada, além de uma organização que promova lançamentos de ICOs e uma plataforma de inteligência artificial para auxiliar a exchange de criptomoedas.

Após Mainnet

  • A plataforma em que supostamente todos os bens poderão ser transacionados só será lançada após o terceiro trimestre de 2020. A partir daí, os projetos supracitados serão integrados, dando ao token uma usabilidade maior e qualquer usuário terá facilidade em utilizar a plataforma para vender ou comprar qualquer bem, ou seja se tornando um marketplace descentralizado.

ICO em Números

O número de tokens totais a serem emitidos para o ecossistema será de 20 bilhões de RBY. Destes, 8 bilhões de RBY foram vendidos no ICO, sob um preço médio de 0,1495 dólares, totalizando aproximadamente 1,2 bilhões de dólares em arrecadação, tornando-se, supostamente, o terceiro maior ICO da história, segundo dados da CoinSchedule. A efeito de comparação, a Coinbase (maior exchange dos Estudos Unidos) está discutindo uma captação de 500 milhões de dólares, enquanto a Ruby-X captou mais que o dobro do valor. 

O fato é que ainda há poucas informações disponíveis sobre a Ruby-X. Somente o tempo poderá relatar se a corretora realmente detém os diferenciais mais os fundos alegados e se alcançará seu objetivo de ser um marketplace global descentralizado. Porém, a sua captação bilionária demonstra que a disrupção trazida pelo blockchain continuará gerando mudanças estruturais no mercado financeiro e de tecnologia.

Abaixo, vídeo promocional do projeto:

 

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FlowBTC anuncia patrocínio de equipe Encore de E-Sports

O mundo de E-Sports vem crescendo cada vez mais e atraindo um público que compartilha várias características com os usuários de criptomoedas: antenado, heavy user da internet e apaixonados por tecnologia. Sabendo desta compatibilidade, e visando fomentar a aproximação maior entre os dois mundos, a FlowBTC inovou e se tornou a primeira corretora brasileira a patrocinar uma equipe de E-Sports, a Encore.

A Encore é um das principais equipes do segmento, competindo nas principais ligas de PUBG, Rainbow Six, Fortnite, Dota 2 e Heroes of the Storm, nas quais são bicampeões da américa. Contam com mais de 7 mil curtidas em sua página e sua rede possui mais de 40 milhões de minutos assistidos por mês em seu canal de streaming.

A FlowBTC também foi pioneira em Setembro sendo a primeira exchange no Brasil a patrocinar um campeonato de games online. A competição realizada foi do jogo PLAYERUNKNOWN’S BATTLEGROUNDS, encabeçada pelo gamer ReleeN, teve cerca de 150 participantes e contou com uma premiação de R$ 1.000,00 em Bitcoin.

Essa compatibilidade entre os públicos já pode ser percebida na crescente aceitação de criptomoedas no mundo gamer, como a criptomoeda Skincoin que foi desenvolvida especialmente para este mundo e plataformas como Twitch, Humble Bundle, Steam, Xbox live, Playstation Store e etc já aceitarem pagamentos em cripto. (Saiba mais em nosso artigo).

 

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Anúncio do patrocínio da FlowBTC à equipe Encore

 

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