FlowBTC é consultada em matéria da Folha de São Paulo

Em matéria publicada hoje, dia 12 de março de 2018, pela Folha de São Paulo, que tratou dos ICO’s (Initial Coin Offering),  assunto que vem chamando a atenção de vários investidores de diferentes áreas, o CEO da FlowBTC, Marcelo Miranda, foi questionado sobre o tema e os riscos associados a este tipo de investimento.

 

A matéria abordou a questão do lançamento de criptomoedas pelas empresas brasileiras e o acompanhamento pelo órgão regulador CVM (Comissão de Valores Mobiliários), do ponto de vista legal e da indústria. No artigo, inclusive, foi feito um comparativo entre o ambiente brasileiro e o internacional em relação ao tema.

 

Marcelo alertou sobre a necessidade de se conhecer a fundo o projeto e suas principais aplicações e propósitos, isto é, ler o whitepaper que é o escopo do negócio e criar seu próprio juízo de valor em cima do projeto. “É importante por mostrar detalhes sobre o diferencial do blockchain (tecnologia por trás das criptomoedas) e da moeda. Traz confiança.” ressaltou Marcelo. Com background de mais de 20 anos de mercado financeiro, Marcelo já foi inclusive chamado para a primeira sessão na Camara de Deputados que objetivava a criação de uma proposta de lei e regulação para as criptomoedas no cenário nacional.

 

A matéria complete você pode conferir em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/03/oferta-de-criptomoeda-entra-na-mira-da-cvm.shtml

Radar Criptomoedas: 3 altcoins em destaque no mês

Bitcoin é a criptomoeda que tem dominado as manchetes este ano. No entanto, é a sua tecnologia de blockchain que vem gerando um novo e vibrante ecossistema de criptomoedas alternativas, conhecido como “altcoins”. Após o impressionante salto de 1000% da Bitcoin nos últimos 12 meses, uma nova onda de capital vem inundando o mercado de altcoins a procura do próximo foguete.

As Altcoins têm sido viabilizadas através de um novo mecanismo de financiamento conhecido como ofertas iniciais de moeda (ICOs), que são um híbrido entre venture capital e ofertas públicas iniciais para ações (IPOs). Essas campanhas de crowdfunding envolvem a troca de criptomoedas por novas moedas que podem ser usadas na rede específica da altcoin para fins diversos, como negociação de espaço de armazenamento ou transações anônimas. De acordo com a coinmarketcap.com, o número de altcoins aumentou de 100 em 2014 para cerca de 900 hoje. Somente em 2017, a capitalização de mercado total das altcoins cresceu 4.600%, passando de US$ 2 bilhões para US$ 94 bilhões, antes de cair para US$ 71 bilhões.

Assim como ocorreu durante a ‘bolha ponto com’ da Nasdaq no final da década de 1990, o atual mercado de altcoins provavelmente contém as versões em criptografia do Google e da Amazon, mas também é provável que contenha lixos atômicos como Webvan e Pets.com. Como curiosidade, a forte valorização das altcoins recentemente inspirou o surgimento de blockchains para lá de questionáveis: uma blockchain para dentistas” (DentaCoin) e uma blockchain para cristãos (JesusCoin), que possui a vantagem única de proporcionar acesso global a Jesus de forma mais rápida e segura do que nunca. Amém, irmão!

Não é de se estranhar que isso tenha chamado a atenção dos reguladores. No início de setembro, o governo chinês anunciou a proibição imediata das ICOs para start-ups chinesas, alegando que este novo mecanismo de angariação de fundos causa sérias distorções à ordem econômica e financeira. Nos Estados Unidos, a SEC concluiu que as altcoins devem ser tratadas como títulos normais estando, portanto, sujeitas às mesmas leis que regem os valores mobiliários e que punem esquemas Ponzi e outras tentativas fraudulentas de ludibriar os investidores.

Mas como determinar o valor justo de criptomoedas e altcoins? As técnicas de valuation tradicionais se baseiam primariamente em fluxo de caixa descontado, ou seja, quanto de caixa o ativo vai gerar ao longo de sua existência trazido a valor presente. Problema: criptomoedas não geram caixa e não pagam dividendos. Aswath Damodaran, da NYU, um dos papas do valuation moderno, afirmou que o Bitcoin pode ser apenas um “jogo de preços perigoso”, pois seu valor depende de sua ampla utilização em transações. O mesmo vale para as altcoins. Quem observou a oscilação dos preços nos últimos meses já percebeu que esta classe de ativos é extremamente volátil. Neste contexto, a análise técnica oferece ótimas ferramentas para identificar oportunidades de compra e venda e gerir risco de forma objetiva.

Aqui estão três das altcoins com excelentes performances no mês passado. Incluí no gráfico a média móvel simples de 20 dias e os níveis mais comuns de retração de Fibonacci (relação matemática entre movimentos de preços passados ​​que fornece parâmetros para o comportamento futuro dos preços) para ilustrar níveis de suporte e resistência potenciais.

 

Monero
Preço recente: US$ 85 / Market Cap: US$ 1.283.500 /
Retorno (30 dias): +57% / Desvio-Padrão (30 dias): US$ 18

O Monero emprega um algoritmo chamado “Cryptonote” que garante que as transações sejam privadas e não rastreáveis. Isso significa que as transações na blockchain do Monero não podem ser vinculadas a um usuário específico, uma característica que apenas algumas outras criptomoedas conseguem garantir.
No final de agosto, o Monero pulou de US$ 42 para US$ 167 antes de iniciar um pullback primeiramente até os 50% de retração em US$ 97 e em seguida até os 61,8% em US$ 81, que vem sendo respeitado.

 

Lisk
Preço recente: US$ 5,50 / Market Cap: US$ 622.500 /
Retorno (30 dias): +64% / Desvio-Padrão (30 dias): US$ 0,91

O Lisk possui um mecanismo de consenso diferente do que o Bitcoin usa, chamado “Delegated Proof of Stake” (DPoS), para forjar e proteger a rede de maneira ativa. Sua plataforma descentralizada permite a criação de blockchains personalizadas (também chamadas de “sidechains”) na blockchain do Lisk. Em março de 2016, a Lisk fez uma parceria com a Microsoft para trazer esta inovadora aplicação de blockchain para o Azure Cloud.
No final de agosto, o Lisk encenou um aumento incrível de US $ 1, 09 para US $ 8,50. Desde então, o Lisk encontrou suporte nos níveis de retração de Fibonacci de 50% e 61,8% que passam em US$ 4,90 e US$ 4,00.

 

Nexus
Preço recente: US$ 2,10 / Market Cap: US$ 111.250 /
Retorno (30 dias): +33% / Desvio-Padrão (30 dias): US$ 0,58

O Nexus melhora o protocolo da blockchain com uma base de dados leve que acelera o poder de processamento e emprega grandes chaves de uso único para maior segurança. A companhia está trabalhando em conjunto com a indústria aeroespacial para lançar satélites e ligar a blockchain com as tecnologias de comunicação para proporcionar uma internet totalmente descentralizada. O fundador Collin Cantrell tem forte ligação com a indústria aeroespacial – seu pai, Jim, foi membro fundador do SpaceX de Elon Musk.
No final de agosto, o Nexus subiu de US $ 1,20 para US$ 3,80 antes de recuar e encontrar suporte nos 50% de retração a US$ 2,20. Se perdido, o próximo suporte está em US$ 1,80.

-Marcio Ferracini, CMT