As polêmicas envolvendo Libra, a criptomoeda do Facebook

Já faz um mês desde que o Facebook revelou seu plano para lançar a criptomoeda Libra, que segundo a empresa, pode ser a base de uma nova infraestrutura financeira global que servirá bilhões de pessoas.

Desde o anúncio, Libra tem sido alvo de diversas críticas vindas de todo o mundo.

Nesta semana, o grupo do G7 exigiu que as criptomoedas, como Libra, sejam mantidas dentro de um padrão alto de regularidade, isso para a proteção de usuários e para impedir a lavagem de dinheiro.

A reunião do grupo aconteceu na França e segundo o G1 a discussão focou na nova moeda do Facebook e em como as grandes empresas de tecnologia estão invadindo espaços governamentais, como na emissão de moedas.

Reguladores dos EUA também estão preocupados com a criptomoeda e avaliam se Libra deve estar sob a supervisão desses órgãos.

Isso tudo pode complicar o projeto, que já recebeu críticas até do presidente dos EUA, Donald Trump:

Segundo publicado pelo The New York Times, autoridades japonesas também estão discutindo o impacto que Libra pode ter na política monetária, taxas, liquidação de pagamentos e nas regulacões financeiras.

Nesta semana, David Marcus, chefe do projeto de moeda digital do Facebook, enfrentou uma enxurrada de perguntas de membros do Congresso dos EUA.

David deu respostas prontas e repetitivas que não esclareceram muito sobre o que exatamente o Facebook está fazendo com Libra.

Durante as duas audiências, vários membros do Congresso disseram algo semelhante ao que o Presidente Trump tuítou, que o que o Facebook está propondo é na verdade um banco e deveria ser regulamentado como tal.

Porém como já foi dito e David reiterou, o Facebook não será o responsável por Libra, será apenas um dos 28 votos de uma organização sem fins lucrativos, chamada Associação Libra, que irá liderar o projeto.

No ano que vem a empresa pretende aumentar o número de organizações para 100. Sendo assim, nenhuma organização única estará encarregada de Libra, a Associação Libra será um novo tipo de organização, sem autoridade central.

O Congresso se mostrou preocupado com o significado da enorme escala e do potencial do Facebook para impulsionar a adoção de sua moeda.

Se bilhões de pessoas começarem a usar Libra, isso poderá ter um grande impacto no sistema financeiro global. A representante Maxine Waters, que preside o Comitê de Serviços Financeiros da Califórnia, disse:

“Em última análise, se os planos do Facebook forem concretizados, a empresa e seus parceiros exercerão um imenso poder econômico que pode desestabilizar moedas e governos.”

O senador Sherrod Brown de Ohio comentou que, o histórico de privacidade do Facebook mostra que a empresa é perigosa e que ele acredita que dar ao Facebook a chance de brincar com as contas bancárias das pessoas e usar ferramentas poderosas que eles não entendem seria uma loucura.

Mas tudo isso não é apenas sobre o Facebook. A tecnologia está chegando nos serviços financeiros, na China já vemos serviços como Alibaba e WeChat sendo super populares.

O Bank of International Settlements, conhecido como o banco central dos bancos centrais, alertou que essas empresas, assim como o Google e a Amazon, podem se tornar dominantes.

Diante dessa tendência de mudanças, os reguladores vão ter que se dividir entre incentivar a inovação e proteger os consumidores e enquanto isso, o Facebook continua fazendo um grande esforço para combater as burocracias e ajudar a desenhar diretrizes regulatórias para o setor.

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Libra, a criptomoeda do Facebook

Os rumores do envolvimento do Facebook com o lançamento de uma criptomoeda foram confirmados hoje, a moeda é chamada de Libra e tem lançamento previsto para 2020.

A Libra faz parte de um projeto da Libra Association, uma entidade suíça de código aberto que pretende estabelecer uma moeda global para melhorar e transformar a economia mundial.

Grandes empresas investiram no projeto, entre elas a Uber, eBay, PayPal, Spotify, Visa e Mastercard.

O Facebook está afiliado à Libra assim como as outras empresas e cada um dos parceiros terá poder de voto igual, embora segundo o white paper, o Facebook deva manter um papel de liderança durante 2019.

Libra vai ser gerenciada pela Calibra, uma nova subsidiária do Facebook que irá lançar uma carteira virtual.

A Calibra poderá ser acessada de um app independente e também dentro do Messenger e do WhatsApp, com o objetivo de permitir que os usuários enviem a moeda com a mesma facilidade de uma mensagem.

calibra

Segundo a empresa a carteira está no processo de desenvolvimento e deve ser lançada junto com a moeda em 2020.

O Facebook com certeza vai impulsionar a Libra, porém não só de forma positiva, já que há um questionamento sobre como o Facebook lidando com cripto irá manter as informações privadas e seguras.

O vice presidente de produtos da Calibra, Kevin Weil, afirmou que as informações financeiras dos usuários da Calibra não seriam utilizadas com fins publicitários e estariam totalmente separadas dos dados do Facebook.

A Libra será baseada em reservas financeiras, assim não será tão volátil e instável. O serviço aos clientes será gratuito e acessível através de qualquer aplicativo que acrescente suporte monetário ao seu código.

David Marcus, chefe da divisão Calibra do Facebook, disse à CNBC:

“[A reserva] é projetada para ser estável e dar valores à Libra que a tornam mais parecida a uma moeda tradicional do que qualquer uma das moedas digitais de hoje. Foi assim que o papel-moeda foi criado”

De acordo com o white paper, as transações feitas com Libra serão registradas em um blockchain projetado para lidar com bilhões de contas possíveis. Os engenheiros do Facebook projetaram o blockchain, mas a tecnologia será de código aberto.

Ainda não se sabe qual será a equivalência da Libra para qualquer moeda, mas o Facebook diz estar trabalhando diretamente com reguladores, legisladores e outras autoridades para evitar problemas regulatórios.

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