Bitcoin Brasil: A história da criptomoeda no país

Bitcoin Brasil

Antes de falar da história do Bitcoin no Brasil, vamos lembrar que essa moeda é uma revolução tecnológica, uma grande quebra de paradigmas. Criado para ser distribuído e descentralizado, ele não pertence a um país. Dessa forma Bitcoin e Bitcoin Brasil são histórias que começaram juntas, mas ao longo deste artigo vamos olhar para fatos relevantes que aconteceram por aqui, em terras brasileiras.

 

O Bitcoin foi lançado dia 09 de Janeiro de 2009 por Satoshi Nakoto (seja ele quem for). E a primeira transação foi feita no dia 12 de Janeiro deste mesmo ano, quando Nakamoto transferiu 10 bitcoins para o programador Hal Finney. O grupo de Facebook Bitcoin Brasil foi criado em Agosto de 2012, quando o ativo ainda valia cerca de U$ 100,00. Em Novembro, a moeda ultrapassaria os U$ 1.000,00.

 

No primeiro ano de existência, a moeda circulava entre um grupo restrito de programadores e mineradores, que instalavam o blockchain do Bitcoin em suas máquinas. Em 2010, no famoso episódio da compra das 2 pizzas pelo valor de 10 mil Bitcoins, a criptomoeda passou a ter valor real de compra e a história iria começar a mudar.

 

Ainda no ano de 2010, a corretora Mt. Gox foi fundada no Japão e viria a ser a maior exchange do mundo, chegando a movimentar 70% de todas as transações em Bitcoins do mundo. Seria também o maior desastre na história das criptomoedas até o momento, quando fechou as portas em 2014 com um rombo de 850.000 bitcoins, aproximadamente 450 milhões de dólares na época.

 

A história da moeda no Brasil começaria 1 ano depois do episódio das pizzas. Em 2011 surgiu a primeira exchange de Bitcoin no Brasil, a Mercado Bitcoin, em operação até os dias de hoje. Também em 2011, surgiram as altcoins (moedas alternativas ao Bitcoin), entre elas a Namecoin e Litecoin (é possível negociar Litecoins na FlowBTC).

 

Em 2012, com a criação do grupo Bitcoin Brasil no Facebook e o surgimento de uma comunidade de entusiastas no pais, já era possível operar por aqui, graças as corretoras de criptomoedas brasileiras mas também através de negociação peer-to-peer nas comunidades. É um tanto óbvio dizer isso, mas como todo entusiasta de criptomoedas que chegou tarde no jogo, o preço do Bitcoin em 2011 era de apenas U$ 1,00, cem vezes menos do que o valor da moeda em 2012 quando o grupo do Wladimir Crippa foi criado.

 

No ano da Copa do Mundo no Brasil, 2014, muitas coisas aconteceram por aqui além dos jogos de futebol. A cidade de São Paulo recebeu o primeiro caixa eletrônico de Bitcoin, um acontecimento mais simbólico do que relevante, mas que não deixa de ser interessante. Nesse mesmo ano, o economista Fernando Urich publicou o seu livro “Bitcoin. A Moeda na Era Digital”, um dos livros mais influentes do assunto por aqui. E aconteceu em Florianópolis a primeira edição da BitConf, que mudaria para São Paulo nas edições seguintes.

 

Passada a agitação da Copa do Mundo, em 2015, a corretora FlowBTC iniciava a sua operação. O Bitcoin ainda não era tão mainstream no Brasil e a chegada da Flow teve um peso importante, já que o seu CEO, Marcelo Miranda, defendeu o Bitcoin em audiência pública na Câmara, em debate sobre a regulamentação das criptomoedas.

 

Com a supervalorização do Bitcoin no Brasil e no mundo no final de 2017, o número de pessoas cadastradas em corretoras de criptomoedas explodiu, chegando na casa dos 1,5 milhão, mais do que o dobro do número de cadastros de pessoas físicas na bolsa de valores B3, que tem aproximadamente 620 mil cadastros. Ainda sobre números, o grupo Bitcoin Brasil no Facebook tem mais de 120 mil usuários, enquanto os grupos destinados a bolsa de valores não passam dos 25 mil.

 

Em conclusão, a história do Bitcoin também está sendo escrita por aqui e ainda tem muita coisa para acontecer. Os próximos e tão aguardados capítulos tem relação com a regulamentação das criptomoedas, uma história que pode ser muito diferente de país para país, e torcemos muito para que principalmente aqui, essa história tenha um final feliz.

 

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