Criptomoedas: o que os candidatos à presidência têm a dizer

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Às vésperas das eleições, os debates esquentam cada vez mais, sem falar nas discussões acaloradas das redes sociais, principalmente por parte dos seguidores de cada candidato, que seguem em campanha, cada vez mais polarizados. No meio ao fogo cruzado, separamos o que os candidatos à presidência pensam de Bitcoin e criptomoedas.

Os assuntos mais discutidos pelos presidenciáveis, evidentemente, são os que saem das redações e das redes – relação cada dia mais indissociável. Neste caso, são as causas populares. Ou, no mínimo, as que envolvem grande parte dos brasileiros: saúde, segurança, educação.

Já os temas nichados, pouco se ouve, pouco se lê. Criptomoedas, tendo como as mais populares Bitcoin e Ethereum – além de Blockchain – são apenas alguns deles. Por quê? Política é palco da retórica, dos lugares-comuns. Vale, contudo, a reflexão: como os temas criptomoedas e Blockchain deveriam ser abordados pelos líderes deste País? Pensando não apenas no futuro próximo, mas em médio e longo prazos, o assunto deveria estar mais quente na agenda política?

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Possíveis presidenciáveis da Eleição 2018

Abordada para além das bolsas de valores, o assunto é de interesse nacional, sim. Ou melhor, mundial. Todavia, quais seriam as perguntas certas a serem feitas a todos eles?

Em um país com tantos problemas de base, é natural que Bitcoin e Blockchain sejam assuntos na periferia da arena política. Segundo o TSE, formamos 147 milhões de eleitores, aptos para mudar o futuro do Brasil em 7 de outubro. Mas será? Quantos desses sabem o que significa esta tecnologia disruptiva? Tecnologia esta que tem o potencial de acabar de uma das maiores mazelas do país: a corrupção.

Independentemente do conhecimento do senso comum,

O que os candidatos à Presidência da República pensam sobre as tecnologias de blockchain e criptomoedas?

Bitcoin e Blockchain apareceram nas falas desses presidenciais e em alguns casos foram considerados para arrecadação de dinheiro para as devidas campanhas. Antes da intervenção do TSE, que proibiu o uso de criptomoedas, Geraldo Alckmin foi um dos candidatos propensos a esse tipo de arrecadação.

Ciro Gomes, em dezembro de 2017 disse que o Bitcoin “parece pirâmide financeira”. O que ele quis dizer é que existe uma forma de fraude de investimentos chamada “Esquema Ponzi”, que exige um fluxo constante de dinheiro novo para se manter.

Funciona mais ou menos assim: quando se torna difícil recrutar novos investidores, ou quando um grande número de investidores existentes retiram seus dinheiros, esses esquemas entram em colapso.

Esse é justamente um ponto de destaque. Criptomoedas – principalmente Bitcoin e Ethereum – vão totalmente na contramão desse sistema, pois todas as suas movimentações são devidamente registradas, e não existe nenhum tipo de dificuldade para converter a moeda em dinheiro.

Porém, em vídeo de uma palestra, o candidato demonstrou um conhecimento no mínimo insuficiente acerca da tecnologia. Veja abaixo:

Álvaro Dias, em vídeo publicado no Grupo Bitcoin Brasil, falou sobre o assunto e mostrou-se a par, uma vez que abordou a questão da taxação da criptomoeda, embora não tenha tomado uma posição: se favorável ou contrária.

João Amoedo disse ser a favor do Bitcoin e Blockchain em uma postagem no Twitter em dezembro de 2017. Devido à trajetória construída na direção de bancos, Amoedo seria uma das vozes mais interessantes a debater o assunto.


Bolsonaro ainda não abordou o assunto, mas o seu filho, sim. Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSC-SP, publicou recentemente um vídeo em sua página do Facebook. Nesse vídeo, responde à pergunta sobre o que acha do Bitcoin, entre outras moedas digitais, e se em sua opinião as criptomoedas devem ser submetidas à regulamentação, taxação, ou mesmo ser proibida definitivamente.

Claro que, uma vez que seu pai, Jair Bolsonaro, é candidato, sua resposta certamente foi mais bem pensada. Prova é que o Eduardo, logo de início, esclarece que nunca abordou o assunto Bitcoin, criptomoedas em geral, ou blockchain com seu pai. Daí sim responde, inclusive apresentando um livro lido recentemente, o “Bitcoin: A moeda na era digital”, de Fernando Ulrich.

Um dos pontos altos do vídeo é a comparação com o Real e, claro, sobre o quanto uma criptomoeda pode ser descentralizada. Fato que, evidentemente, impacta na própria relação de poder do Estado com o Capital.

Eduardo, contudo, reforça que Bitcoin é tendência mundial, tendência que já está sendo mais aceita em outros países. Eduardo reforça a necessidade de discussão sobre o tema, embora se posiciona de duas formas: como cidadão e como representante.

Marina Silva está usando a plataforma VotoLegal para arrecadar dinheiro para sua campanha e essa plataforma é baseada em Blockchain da Decred.

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Já os candidatos Guilherme Boulos, Luis Inácio não abordaram ainda o assunto – nem em seus planos de governo, nem em entrevistas.

Ideia interessantíssima devido ao caráter imutável e rastreável do blockchain, o ideal seria que essa prática de arrecadação fosse adotada por todos os candidatos à presidência.

Se no futuro nos perguntarmos como vivemos tanto séculos com o dinheiro na forma que o conhecemos hoje, qual será a resposta? Muito se tem a caminhar. Contudo, pouco a pouco, o debate começa a chegar nos candidatos a presidência.

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