O que é EOS?
O EOS é uma plataforma (sistema operacional) para aplicações descentralizadas. Uma espécie de super computador que roda programas de forma autônoma e descentralizada. A ideia é que qualquer pessoa possa criar um programa/aplicativo ou contratos inteligentes e disponibilizar para a rede de forma que haja aplicações sem intermediários.
EOS é o maior ICO da história dos cryptocurrencies. Ele captou 4,2 bilhões de dólares em uma oferta de moedas que durou mais de 1 ano. No dia 1 de Junho de 2018, eles lançaram a sua plataforma open source.
Um dos maiores desafios para a adoção em massa de redes blockchain é a escalabilidade. Justamente é nesse desafio de prover uma maior escalabilidade a protocolos descentralizados que a EOS se posiciona. O protocolo da EOS promete uma altíssima velocidade, escalabilidade e custos de transação zero através da forma de consenso Delegated Proof of Stake (DPoS), que elege 21 blocos mineradores espalhados pelo mundo (temos um representante brasileiro: https://web.eosrio.io/, parceiro oficial da FlowBTC) a fim de prover uma validação das transações.
Como tudo começou: Visão de Dan Larimer e seus projetos
O EOS open source software foi desenvolvido pela empresa privada Block.One, que se reporta com a missão de: prover soluções end-to-end com o objetivo de trazer empresas para blockchain desde o planejamento estratégico até a aplicação do produto. Block.One é uma empresa sediada no Cayman, que tem como CEO Brendan Lumer (que dirigiu uma série de empresas de blockchain desde 2014) e CTO Dan Larimer. (um developer bastante conhecido na rede, que teve inclusive interações via fórum com Satoshi Nakamoto).
A EOS foi anunciada pela primeira vez por Dan Larimer em Maio de 2017 na Consensus. É o terceiro projeto liderado por Dan, que antes havia criado a BitShares e Steem. As duas empresas estão entre os protocolos de blockchain mais utilizados no mundo. Os três projetos foram desenvolvidos sob a arquitetura Graphene, criada por Larimer e seu time nas outras empreitadas a fim de permitir uma alta taxa de transações em aplicações de blockchain. Outra intersecção dos projetos está no fato dos três terem como consenso o Delegated Proof of Stake (DPoS). Muito do que Dan utilizou para criação da Bitshares e Steem foi a base para modulação da EOS. Em todos os três protocolos, o enfoque foi em trazer soluções escaláveis, o que de fato aconteceu:
- Bitshares foi o primeiro projeto de Blockchain a atingir mais de 10 mil transações por segundo, além de ter um token que detém um market cap de 120 milhões de dólares, comprovando a utilidade do token.
- Steemit se tornou um dos 2000 sites mais visitados do mundo e dentre os 600 mais visitados no Estados Unidos.
A filosofia da EOS é em grande parte a partir da visão prática de software que se estende a partir dos user cases Bitshares e Steem para suportar aplicações reais.
Hoje, no site Blockchain Activity Matrix, vemos que os três projetos criados por Dan estão entre os 6 protocolos com mais atividade na rede.
Setor de Smart Contracts
Estamos no início da era dos contratos inteligentes, que são códigos auto-executáveis que atuam na infraestrutura da blockchain para assegurar que os termos do contrato sejam cumpridos mesmo sem um intermediário. Isso permite uma série de novos modelos de negócios e aplicações descentralizadas. Nesse mercado em que a EOS está concorrendo.
Hoje, o mercado é dominado pela Ethereum, que está avaliada em 12,28 bilhões de dólares. Além dela, existe uma competição intensa para plataforma dominante do mercado, com alguns dos players listados abaixo:
Plataformas de Smart Contracts | MarketCap |
NEO | $0.376B |
EOS | $1.65B |
Ethereum Classic | $0.4B |
Waves | $0.157B |
Stratis | $0.62B |
QTUM | $0.146B |
Tezos | $0.36B |
Lisk | $0.133B |
Nos preços atuais, a combinação de valor de rede entre todos os outros players de smart contracts representam em torno de 30% do valor da rede Ethereum. O mercado de certa forma precifica como se o setor de smart contracts fosse ser dominados por apenas uma plataforma, o que representa uma visão controversa segundo alguns especialistas.
Há a visão de que ao longo dos próximos anos o mercado tende a ter diferentes plataformas dominando o mercado. Uma vez que o mercado de smart contracts detém um espectro muito amplo de possibilidades, serão demandados diferentes tipos de características de rede. Por exemplo, a velocidade requerida para rodar um jogo ou uma votação em blockchain é totalmente diferente. A segurança exigida por uma plataforma de apostas ou de contratos jurídicos são bem diferentes também. Logo, é provável que cada rede vai buscar aplicações mais adequadas para as especificidades do seu modelo de negócios.
O próprio Ethereum se apresenta como o “computador global descentralizado”. Ao se apresentar dessa forma, o projeto acaba por não compreender que cada aplicação descentralizada requerem diferentes níveis de transação, segurança, leveis de descentralização, programação de linguagem, estrutura de consensos.
“Diferentes aplicações exigem diferentes requerimentos, e desenvolvedores vão escolher as que mais se adequam a seus objetivos.”
i) EOS x Ethereum
Vale a pena explorar um pouco mais as diferenças entre EOS e Ethereum.
EOS não será um substituto do ETH pelo fato de que Ethereum foi desenvolvido a fim de descentralizar contratos imutáveis. Isso faz com que ETH seja ótimo para que empresas realizem ICOs e eventualmente pode ser uma alternativa ao sistema financeiro, mas também faz do protocolo não adequado para que possa executar aplicações de empresas.
Em outras palavras, é possível criar um ETF na rede Ethereum mas é muito difícil criar um site com escalabilidade competitiva para se tornar uma alternativa ao Facebook, Twitter ou Reddit. Essa é a justamente a ideia da EOS. Permitir que, a longo prazo, aplicações tão data-intensive como por exemplo as redes sociais possam rodar em protocolos descentralizados.
A diferença entre os dois projetos também é denotada no modelo econômico. O token ETH (cada transação é paga) não é designada para aplicações como Facebook/Twitter/Reddit. Já o Token da EOS (Será descrito mais a frente) é mais adequado para aplicações descentralizadas.
Ao mesmo tempo que a EOS inclina-se a ser mais adequada para projetos que demandam escalabilidade, ela por sua vez não é a ideal para protocolos que exigem imutabilidade, uma vez que não é impossível que o sistema reverta alguma transação.
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Gráfico EOS
A EOS teve o seu máximo de valorização de mercado no dia 29 de abril quando uma unidade chegou a valer $21,46 dólares e 17,622 Bilhões de dólares de Market Cap. Hoje a moeda está precificada em $2,56, em 6º lugar como maior criptomoeda do mercado e tem o Market Cap de 2,321 bilhões de dólares.